Um trio especializado em golpes bancários acabou preso neste domingo (2), em Campo Grande, por policiais do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Os autores vieram de Brasília para cometer crimes em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o delegado Pedro Henrique Pillar Cunha, os suspeitos vieram de Brasília para Campo Grande, com o intuito de praticar diversos crimes em agências bancárias, na modalidade conhecida como “Golpe do cartão retido”. Duas pessoas foram vítimas dos criminosos, mas os policiais impediram o furto do dinheiro.
Como funcionava o golpe: o grupo criminoso vai até as agências alvo e, primeiramente, coloca um adesivo ou um grampo por dentro do suporte de inserção de cartões do caixa de autoatendimento, para que ele fique travado/ retido na máquina; simultaneamente, os criminosos colam, naquela mesma máquina, um adesivo com um suposto número 0800, para que a vítima, após ficar com seu cartão preso, ligue.
Contudo, esta ligação é para um número da própria associação criminosa, que orienta a vítima a lhe repassar diversos dados pessoais, inclusive senhas bancárias. Por fim, quando a vítima sai da agência bancária, outro criminoso se dirige ao caixa de autoatendimento e retira o cartão, que será utilizado, juntamente com a senha repassada pela vítima pelo telefone, para subtração de valores de sua conta bancária.
A prisão
Três criminosos, de 27, 28 e 30 anos, foram presos pelo Garras e com eles encontrados adesivos com símbolos das instituições financeiras, com um falso número 0800, bem como grampos de cabelo, que eram utilizados para criar uma “armadilha” dentro do caixa de autoatendimento, retendo os cartões das vítimas.
Foi encontrado, ainda, com os criminosos, um cartão de uma das vítimas, que, após ser identificada, relatou que inclusive já tinha ligado para o 0800 falso e repassado sua senha bancária. Ela foi orientada a bloquear o cartão e, com isso, não sofreu maiores prejuízos.
O trio foi autuado em flagrante delito pela prática dos crimes de associação criminosa e furto qualificado pela fraude.
