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Polícia

Detalhe revela que marido de Vanessa estava com celular e notebook não encontrados pela polícia

Acusação vai pedir para que João responda por fraude processual por sumir com eletrônicos após matar e atear fogo na esposa e na filha
Thatiana Melo -
Vanessa e a filha Sophie. (Reprodução, Redes Sociais)

O Lucas Brandolis, que atua no caso do duplo feminicídio, de Vanessa Eugênia e da bebê Sophie Eugênia, de 10 meses, que tiveram os corpos carbonizados e encontrados em um terreno no Indubrasil, em Campo Grande, no dia 26 de maio, pediu pela perícia no celular de Vanessa.

Conforme Brandolis, a perícia foi pedida depois que a irmã de Vanessa entrou em contato dizendo que queria saber onde estavam o celular e computador da vítima, já que no dia em que João Augusto foi preso, quando estava na delegacia para registrar o boletim de ocorrência pelo , ela teria pedido uma foto para o rapaz da irmã e da sobrinha para divulgar nas redes sociais.    

Brandolis ainda disse que João teria relatado à cunhada no telefone que as fotos das duas estariam no celular de Vanessa e que ele pegaria para ela depois, levando a crer que o autor estava em posse do celular da vítima. 

O advogado ainda contou que João rastreava Vanessa pelo celular. “O pedido de perícia foi deferido, mas a defesa de João disse que não pode produzir provas contra ele mesmo e não dirá onde estão os aparelhos”, disse Brandolis. 

Brandolis afirmou que vai pedir a instauração de inquérito para que João Augusto responda por fraude processual e apropriação indébita. “Precisamos saber o que tinha no celular e computador de Vanessa”, disse o advogado. 

Conversas trocadas entre a irmã de Vanessa e João Augusto

Imagens mostram assassino colocando fogo nos corpos de mãe e filha

Pelas imagens é possível ver quando o carro em que estava João Augusto e os corpos de Vanessa e Sophie passa às 21h50 na estrada. O veículo se distancia e oito minutos depois um clarão é visto. Este é o momento em que mãe e filha, mortas asfixiadas, têm os corpos carbonizados.  

O MPMS ofereceu denúncia contra João Augusto no dia 2 de julho e pediu indenização para a família de Vanessa e Sophie. “Os motivos dos crimes são torpes, pois o acusado matou as vítimas Sophie e Vanessa por, respectivamente, não desejar continuar com suas responsabilidades paternais e pelo ódio vingativo que nutria por Vanessa, decorrente das dificuldades que viviam no relacionamento”.

“Outrossim, a família das vítimas faz jus ao recebimento de por danos morais, pois teve seu estado psicológico afetado, passando por transtornos psíquicos e morais em razão do feminicídio, conforme prevê o artigo 91, inciso I do Código Penal”, fala o MPMS.

Depoimento

O depoimento foi prestado ao delegado Rodolfo Daltro, titular da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa). João falou sobre o começo do relacionamento entre ele e Vanessa, quando se conheceram em um aplicativo de relacionamento e passaram a morar juntos, com dois meses de namoro.

Quando questionado sobre como era o relacionamento, João disse que era conturbado, que havia muitas brigas, discussões, que era ciumento, e Vanessa não aceitava os pedidos de mudança de comportamento.

Quando Vanessa ficou grávida, João disse ter aceitado a gravidez, mas, depois que Sophie nasceu, ele revelou que passou a ter raiva da filha. Disse ter ódio quando a bebê completou dois meses. “Se eu não tivesse matado ela [Sophie], eu teria doado”.

Apesar de não estar sob efeito de nenhuma droga, João não demonstrou remorso algum pelos crimes. Ele ainda falou que Vanessa queria se separar logo após a bebê nascer, mas ele não aceitava o fim, já que temia que a pensão a ser paga pudesse ter um valor muito alto.

“Ela [Vanessa] disse que ia embora com a pequena e que ia fazer a Sophie me odiar e que, se alguma coisa acontecesse com ela, a bebê ficaria com minha cunhada”, disse João.

📍 Onde buscar ajuda em MS

Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.

Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.

☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.

As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.

Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.

📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.

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