A distribuidora de perfumes, alvo de operação policial no fim da tarde dessa segunda-feira (13), mantinha 30 funcionários para o descaminho de R$ 144 milhões com as mercadorias no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
A operação foi deflagrada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros), em conjunto com a Receita Federal, após um monitoramento de três dias na distribuidora. Quatro pessoas foram presas, mas pagaram fiança no valor de R$ 30.360 — equivalente a 20 salários mínimos — e foram liberadas.
Conforme explicou o delegado Reginaldo Salomão, titular do Garras, durante entrevista exclusiva ao Jornal Midiamax, a distribuidora vendia perfumes descaminhados há dois anos e gerou uma movimentação de R$ 6 milhões a R$ 12 milhões por mês.
Os perfumes apreendidos, em sua maioria, fragrâncias árabes, saíam de países como o Egito, Dubai e Oriente Médio e eram transportados até Ciudad Del Este, no Paraguai. Do país vizinho, os perfumes eram trazidos para Campo Grande, onde a empresa fazia a distribuição por todo o Brasil.
À reportagem, Salomão revelou que a distribuidora tinha um rastreador próprio. Na Capital sul-mato-grossense, os investigados buscavam os perfumes de carro e entregavam nos Correios ou distribuíam através do aplicativo da Shopee.

Ainda conforme o delegado do Garras, a distribuidora abriu uma empresa fictícia em um endereço no Jardim dos Estados, em Campo Grande. O imóvel alvo da operação na Rua Antônio Mena Gonçalves, região do Monte Castelo, funcionava como a central de despacho.
Ao fim da operação, foram contabilizados R$ 20 milhões em perfumes apreendidos, a maior apreensão de perfumes feitas em Mato Grosso do Sul até hoje.
Operação
Dias antes da operação, os policiais receberam a informação de que o local, uma casa na Rua Antônio Mena Gonçalves, na região do Monte Castelo, funcionava como entreposto de contrabando. Assim, passou a ser monitorado e, nessa segunda-feira (13), os policiais flagraram um carro chegando ao imóvel, momento em que abordaram o veículo.
Na ocasião, quatro pessoas foram presas e diversos perfumes apreendidos. Conforme o delegado Reginaldo Salomão, do Garras, os perfumes saíam de Campo Grande e eram distribuídos para outros estados. A empresa era bem estruturada e tinha, inclusive, salas de reuniões.
Devido ao grande número de mercadorias apreendidas, um caminhão foi usado para carregamento.

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(Revisão: Bianca Iglesias)