Uma dívida de R$ 150 do amigo de Vandermárcio Gomes da Silva Junior teria motivado o assassinato na manhã do dia 25 de maio, no Portal Caiobá II, em Campo Grande. O acusado, um rapaz de 21 anos, foi preso pela DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e de Proteção à Pessoa) em Toledo, no Paraná, nessa segunda-feira (6), mais de cinco meses após o assassinato.
Vandermárcio tinha 22 anos quando foi atropelado e arrastado por mais de quatro metros no cruzamento das ruas Cachoeira do Campo com a Hera, no Portal Caiobá II. Naquele dia 25 de maio, ele estava acompanhado de um amigo, que tinha uma dívida de R$ 150. Em razão dessa dívida, o jovem passou a ser confrontado por várias pessoas, dentre elas o credor.
Apesar do amigo de Vandermárcio possuir a dívida, os dois passaram a ser insultados e, em seguida, agredidos. O jovem conseguiu fugir, mas continuou sendo espancado e, antes de perder a consciência, sentou-se em um meio-fio para tentar se recuperar. Neste momento, o acusado — em um Gol branco — atropelou Vandermárcio.
De acordo com o registro policial, a vítima ficou prensada entre o chão, assoalho e as rodas do carro, impedindo com que o veículo saísse. Em seguida, o jovem implorou por socorro e três passageiros do carro levantaram a parte dianteira, momento em que o veículo caiu sobre o corpo da vítima. Vandermácio morreu após ter o tórax esmagado pelo carro.
Acusado já acumula passagens pela polícia
Após o assassinato, equipes da DHPP iniciaram as investigações e apuraram que os passageiros do carro seriam conhecidos na região do Caiobá por serem extremamente violentos. Durante as diligências, o acusado foi identificado e a polícia pediu pela sua prisão temporária. O jovem já acumula passagens por furto, lesão corporal, associação criminosa e receptação.
Diante disso, o mandado de prisão foi expedido pelo Poder Judiciário, mas a equipe da DHPP apurou que o acusado estaria em Toledo, no Paraná. Logo, as equipes foram até o município, onde localizaram o acusado por volta das 6 horas da manhã.
O jovem foi preso e encaminhado para a DHPP, em Campo Grande. Durante o interrogatório nessa segunda-feira (6), ele optou por ficar em silêncio.
As investigações continuam para verificar responsabilidade dos passageiros do carro, que participaram do assassinato naquele 25 de maio.
Versão da defesa
Horas após a prisão do acusado, o advogado de defesa Amilton Ferreira disse ao Jornal Midiamax que o cliente estava residindo com os avós no estado paranaense. “O delegado representou a prisão, a Justiça concedeu, e ele foi preso em Toledo, onde estava trabalhando e morando com os avós”, afirmou.
O advogado ainda explicou que a ida para o Paraná já estava programada. “Ele não estava fugindo da responsabilidade, pois já tinha essa ida [para o Paraná] programada. Ele foi para Toledo para ajudar a cuidar dos avós, que residem no Estado, então, estava trabalhando registrado”, alegou.
Amilton também afirmou à reportagem que solicitará a revogação do pedido de prisão.
Relembre o caso
O crime aconteceu após uma briga entre a vítima e um casal, em uma conveniência. Após a discussão, o suspeito — que dirigia um veículo Gol — atropelou Vandermarcio. O jovem ficou preso embaixo do carro e foi arrastado.
A vítima foi socorrida em estado grave, por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e encaminhada para a Santa Casa. Ele chegou ao hospital inconsciente e intubado, morrendo pouco depois.
Na ocasião, os policiais encontraram uma garrafa de bebida alcoólica, do tipo vodka, e uma garrafa de energético, dentro do carro utilizado para atropelar a vítima.
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(Revisão: Bianca Iglesias)