Os exames preliminares realizados pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul nas amostras coletadas do jovem de 21 anos, que morreu na última quinta-feira (2) em Campo Grande, não identificaram a presença de metanol. Logo após o caso, ações em bares, restaurantes e conveniências recolherem bebidas suspeitas de adulteração.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) em nota conjunta da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e da SES (Secretaria de Estado de Saúde). A suspeita inicial era de intoxicação por metanol, substância tóxica que tem causado mortes em outros estados do país. O caso vinha sendo investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), que recolheu 13 frascos de bebidas no local onde o produto foi comprado.
De acordo com a Sejusp, exames complementares seguem em andamento para verificar a presença de outras substâncias e determinar a causa da morte. “O Governo do Estado lamenta profundamente a perda do jovem, manifesta solidariedade aos familiares e reitera o compromisso com a apuração rigorosa dos fatos, adotando todas as medidas cabíveis para garantir a proteção da saúde pública”, diz a nota.
O jovem passou mal após ingerir bebidas como uísque e cachaça no fim de semana. Ele chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário com náuseas, dor no estômago e chegou a vomitar um líquido escuro. Apesar de estar consciente e com pressão estável no início do atendimento, o quadro evoluiu rapidamente e ele não resistiu.
O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal, onde foi feito o exame necroscópico e colhidas amostras para análise toxicológica. O prazo estimado para a conclusão dos exames complementares é de cerca de 30 dias.
Investigação apreendeu frascos de bebida
Durante as investigações, a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), recolheu 13 frascos de bebida na loja onde o produto foi comprado para análise.
No dia, o delegado Wilton Vilas Boas, falou que a morte do jovem foi provavelmente causada por uma intoxicação. “Contudo, para comprovação desse fato, teremos que aguardar os laudos de laboratório e o laudo de exame necroscópico. Tendo em vista que essa bebida foi entregue para os próprios familiares na unidade de saúde, nós, por cautela, recolhemos esse produto para que ele possa ser submetido a perícia. Tudo que está sendo feito é por cautela e uma investigação normal”, disse.
Apavorada
Em luto, Maria José Duarte Santana, de 46 anos, relatou os momentos de desespero que antecederam a morte do filho, Matheus Santana Falcão, de 21 anos. O jovem morreu no dia 2 deste mês, após ingerir meia garrafa de Corote. A Polícia investiga se a morte foi provocada por intoxicação de metanol.
À reportagem do Midiamax, Maria conta que estava de férias e, quando chegou em casa, encontrou o filho passando mal. “Fiquei muito apavorada e liguei para meu outro filho nos ajudar. Se eu não estivesse de férias, teria chegado em casa e já encontrado meu filho morto”, diz.
Quando o filho mais velho chegou, a família acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Matheus foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário.
O jovem chegou à unidade com sintomas de desconforto estomacal e náuseas. Maria conta que o filho vomitou um líquido escuro. Segundo relatos, Matheus estava consciente, foi andando até a triagem, respondeu às perguntas e a pressão dele estava estável.
Cerca de 15 minutos após chegar à UPA, o jovem começou a apresentar crise convulsiva e foi levado, inconsciente, para a ala vermelha da unidade. Pouco depois, teve uma parada cardiorrespiratória.
A equipe médica realizou manobras de ressuscitação cardiopulmonar. O rapaz sofreu outra parada cardiorrespiratória e não resistiu. O óbito foi confirmado às 19h53.
Conforme o boletim de ocorrência, o rapaz, que tem histórico de alcoolismo, havia ingerido meia garrafa de Corote, na quarta-feira (1º), um dia antes de começar a apresentar os sintomas. A família diz que o jovem fazia uso de bebidas alcoólicas para que conseguisse dormir.
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