Durante o julgamento pelo homicídio de Lourival de Souza Fernandes, o réu Osmar Henrique Sanssão de Freitas, de 29 anos, disse em depoimento na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande nesta sexta-feira (6) que perdeu a cabeça ao ver a vítima no dia do crime. “Fiquei cego”, frisou.
Lourival não aceitava o fim do relacionamento com Cristiane de Alencar Sanssão e passou a persegui-la e até agredi-la. Ele chegou a destruir móveis da casa da família.
“Judiava demais da minha mãe, eu via ela lutando todo dia para ir trabalhar, e aí vem um vagabundo desse e ficava maltratando ela”, afirmou.
Osmar, que trabalha com pintura e funilaria, comprou a arma usada no crime, um revólver calibre 38, em troca de um serviço. No dia do crime, ele saiu com a arma para negociar com um homem.
“Eu acordei, me arrumei para ir no serviço e avistei ele, parei para conversar e fiquei cego. Acho que eu descarreguei o revólver, foram 5 tiros”, relembrou.
A mãe Cristiane confirmou que era agredida por Lourival. “Na cabeça dele ele era meu dono, o tempo todo ele me ameaçava que eu não poderia namorar outra pessoa”, destacou.
O julgamento prossegue nesta manhã e a sentença deve ser publicada ainda hoje.
Autor matou padrasto para defender a mãe em Campo Grande
Em 28 de abril de 2023, a vítima caminhava pela Avenida das Bandeiras quando o réu estacionou um carro em uma esquina e seguiu Lourival, disparando contra ele cinco vezes pouco depois. Osmar fugiu em seguida.
Dias depois, ele se apresentou à polícia e alegou que cometeu o crime depois que Lourival bateu na mãe dele. Lourival não aceitava o fim do relacionamento, ameaçava toda a família e já teria quebrado móveis da casa.
O enteado relatou que havia comprado a arma para se defender depois das ameaças feitas contra a família por Lourival. A arma foi comprada pelo autor cerca de 30 dias antes do crime.
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