Um jovem, de 22 anos, foi sequestrado e mantido em cárcere no chamado ‘Tribunal do Crime’ da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), no bairro Alves Pereira, em Campo Grande, na noite dessa terça-feira (14). Ele foi resgatado por uma equipe do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar) após uma denúncia e o suspeito acabou preso em flagrante.
Segundo o boletim de ocorrência, os militares foram acionados após moradores ouvirem um homem sendo espancado e pedindo socorro em uma boca de fumo na região. Moradores da região teriam comentado que a vítima havia sido sequestrada.
Assim, a equipe foi até o imóvel e, ao chegar no local, ouviu pedidos de socorro de dentro da residência. Os policiais adentraram o imóvel e encontraram um rapaz de 23 anos em um sofá da varanda. Já no quarto, foi encontrado um jovem deitado em uma cama com mãos e pés amarrados com fios de carregador e cadarços.
Dívida com traficante
Logo, o jovem foi solto pelos militares e relatou os fatos. À polícia, ele contou que é usuário e vende drogas para um traficante, também proprietário da boca de fumo. Há uma semana, ele foi furtado por outros usuários e perdeu R$ 500 em crack.
Diante do furto, o jovem falou que passou a ter uma dívida com o traficante e com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Então, ele relatou que nessa terça-feira (14) estava no imóvel com outros usuários de drogas, quando foi surpreendido pelo traficante com um golpe de madeira nas costas.
Em seguida, a vítima teve as mãos e pés amarrados pelo autor e outros desconhecidos e foi ameaçada de morte. Na ocasião, o traficante teria entrado em contato com a família do jovem exigindo o pagamento da vítima, pois caso não fosse quitada até às 17 horas, ele seria executado após ser julgado pelo ‘Tribunal do Crime’ do PCC. Ele sofreu escoriações leves nas costas e nas pernas.
Ainda conforme o registro policial, o traficante deixou a boca de fumo por um tempo na terça-feira (14) e o comparsa, de 23 anos, ficou responsável por cuidar o local para impedir a fuga da vítima ou intervenção de terceiros. O comparsa confessou ter colaborado com as agressões, pois iria receber drogas como recompensa. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia, juntamente com a vítima, para o registro do caso.
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(Revisão: Bianca Iglesias)
