O jovem de 21 anos – suspeito de assassinar Ezequiel Euzébio Olegário Marques no Jardim Monte Alegre – teve a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (23). Ele está preso desde a noite de segunda (21), quando foi encontrado ateando fogo em peças de roupa usadas no crime.
Após a prisão em flagrante feita pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), em conjunto com a Força Tática do 10º BPM (Batalhão de Polícia Militar), o jovem passou por audiência de custódia nesta quarta (23), onde o juiz de Direito, Aluizio Pereira dos Santos, determinou que ele continuará preso.
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Durante a audiência, o magistrado considerou a natureza e gravidade do crime praticado contra Ezequiel na tarde daquele domingo (20), aliado à confissão e tentativa de incendiar as provas do homicídio.
“Verifica-se, in casu, pelas condições do delito, em especial pela natureza e gravidade do crime, que resultou em vítima fatal, aliado ao fato de o custodiado ter confessado a prática delitiva aos policiais e tentou incendiar as provas do crime, bem como pela ausência de comprovação de trabalho lícito e residência fixa, entendo não ser recomendável a concessão de liberdade provisória”, diz trecho da decisão.
Além disso, foi considerado o fato do assassinato ter ocorrido com violência. Por isso, o magistrado entendeu que não é recomendável conceder medidas cautelares mais brandas.
“Pelo fato do crime ter sido praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa, infiro não ser recomendável a concessão de medidas cautelares mais brandas, por se demonstrarem claramente insuficientes a coibir sua reiteração delitiva”.
Ao fim da audiência, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e o jovem encaminhado ao presídio.
‘Sumiço’ de 80 quilos de cocaína
Após a prisão, o jovem confessou à polícia que o crime teria ocorrido com o objetivo de cobrar uma dívida de drogas. Segundo ele, Ezequiel teria subtraído aproximadamente 80 quilos de pasta base de cocaína e lhe deixado um prejuízo.
Questionado sobre a arma usada no assassinato naquele domingo (20), uma pistola de calibre 9 mm, o jovem disse que teria sido repassada a um boliviano logo após o crime.
Ainda na delegacia, ele autorizou que os policiais tivessem acesso ao seu aparelho celular. No aparelho haviam informações relacionadas ao assassinato, como conversas com amigos sobre o crime e a fuga.
Assassinato
Ezequiel, conhecido como ‘Bego’, estava dentro de seu carro na Rua Pentecoste, região sul da Capital, quando foi morto a tiros na tarde do último domingo (20). Imagens de câmeras de segurança mostraram que o suspeito passou de bicicleta na Rua Barrabás, que é concorrente à Rua Pentecoste, cerca de 15 minutos antes da morte. Depois, ele apareceu correndo na mesma direção.
Conforme informações obtidas pelo Jornal Midiamax, a vítima estava em prisão domiciliar. Ezequiel tinha passagens policiais por violência doméstica e pelo crime de receptação, crime previsto no artigo 180 do Código Penal que corresponde ao transporte, recebimento, condução ou ocultação de item produto de crime.
Além disso, Ezequiel já havia sido condenado pela Justiça Federal pelos crimes de descaminho e contrabando. No dia 15 de abril de 2020, por volta das 8h30min, na MS-164, em Ponta Porã, ele e os acusados importaram mercadoria proibida, consistente em aproximadamente 800 pacotes de cigarros de origem estrangeira, provenientes do Paraguai.
Ezequiel atuava como ‘frete’ para a quadrilha. Em 12 de fevereiro de 2019, por volta das 6 horas, no km-30, da rodovia MS-062, em Sidrolândia, policiais militares, durante fiscalização de rotina, flagraram o réu transportando 30 mil maços de cigarros avaliados em R$ 150 mil.
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