A Justiça determinou a prisão preventiva de Vitor Ananias de Jesus, de 25 anos, preso pelo feminicídio de sua esposa Letícia Ferreira Araújo, de 25 anos, neste fim de semana, em Cassilândia, a 430 quilômetros de Campo Grande. Para os policiais, ele disse que não teria visto a esposa.
Vitor passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (11), e a Justiça determinou a preventiva. Agora, ele deve ser encaminhado para o sistema carcerário do Estado. Quando preso, Vitor estava ‘sereno’ e não apresentava remorso com o crime cometido.
No momento de sua prisão, ele disse aos policiais que não havia visto Letícia ao sair com o carro, mas uma testemunha contradisse o que Vitor contou, afirmando que viu quando a vítima saiu correndo pela rua pedindo por socorro e Vitor atrás acelerando o veículo em direção à mulher.
Letícia teria ligado para a polícia pedindo socorro, mas a ligação caiu. Momentos depois, os policiais chegaram à casa após ligações de populares.
Filho viu mãe ser atropelada
Vitor atropelou Letícia e só parou o carro contra um muro. O filho de 6 anos da vítima saiu correndo em direção à mãe, que estava caída no chão. Ela sofreu traumatismo craniano e teve a mandíbula quebrada. A sogra de Letícia contou aos policiais que o casal brigava constantemente.
Ela ainda relatou que recentemente, quando voltavam de uma Festa do Peão, teve de intervir na discussão, já que o casal discutia no carro e quase causou um acidente.
Um vizinho também relatou que ao ouvir o barulho saiu para ver o que havia ocorrido, quando visualizou Vitor chamando pelo nome de Letícia e depois deixando a cena do crime.
Conforme a perícia feita no local, não havia marcas de frenagem e a distância entre a garagem e o portão era curta, o que necessitaria de uma aceleração para um impacto com tamanha gravidade.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
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