Um médico do trabalho de 73 anos, dono de uma clínica no Centro de Campo Grande, denunciou à Polícia Civil o desvio de valores que, segundo o boletim de ocorrência, chegam a R$ 445,9 mil. Este montante que, de acordo com o advogado da vítima, pode ultrapassar R$ 1,16 milhão após novos levantamentos.
A principal suspeita é uma mulher de 44 anos, que atuava como secretária na clínica havia 17 anos. Segundo o registro policial, ela tinha acesso a senhas bancárias, fazia pagamentos e administrava as finanças pessoais e profissionais do médico. O caso veio à tona após o filho da vítima identificar, em consulta ao Serasa, protestos em nome do pai, decorrentes de pagamentos que deixaram de ser realizados.
Ao investigar as contas, a família descobriu que a funcionária fazia transferências via Pix para si mesma, realizava compras particulares debitadas da conta do médico e chegou a resgatar valores de aplicações financeiras em nome dele. Ainda conforme o boletim, a suspeita teria falsificado documentos para tentar encobrir os saques, apresentando um extrato bancário forjado.
Entre as irregularidades, foi identificada uma compra de R$ 5,9 mil em materiais de construção feita em nome do médico, mas entregue a um endereço ligado à secretária. O advogado da vítima informou que, após a lavratura do boletim, surgiram novos indícios de que parte do dinheiro desviado teria sido repassado a familiares da suspeita.
Documentos encaminhados à delegacia mostram transferências a pelo menos cinco pessoas do círculo familiar da funcionária, incluindo o marido, o padrasto, a mãe e a sogra. O total movimentado entre contas e empréstimos feitos em nome da vítima, conforme o levantamento do advogado, alcançaria R$ 1.161.000,00.
A defesa do médico pediu à Polícia o bloqueio imediato das contas dos envolvidos e a aplicação dos crimes de furto qualificado, falsificação de documento particular, receptação, associação criminosa e formação de quadrilha.
Também foi solicitada uma medida protetiva para impedir o contato da ex-funcionária com o idoso, que, segundo o advogado, vem tentando retomar a comunicação com ele após a descoberta das fraudes.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
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