Um militar reformado do Aeronáutica, de 44 anos, vai passar por audiência de instrução e julgamento em setembro deste ano, pouco mais de um ano após aplicar golpes em óticas de Campo Grande usando fardamento.
A audiência está agendada para dia 18 de setembro de 2025, às 17h30.
O crime aconteceu no dia 5 de dezembro, de 2023, quando o militar foi até três óticas da cidade no mesmo dia, usando uma farda e aplicou golpes. Duas delas foram vítimas e uma o proprietário do comércio conseguiu perceber a tempo e não entregou os produtos.
Primeiro, o militar, utilizando a farda de quanto atuava, foi até uma ótica na Avenida Afonso Pena por volta das 7h. Ele escolheu três óculos avaliados em R$ 3.560, porém apresentou comprovante falso de Pix ao vendedor.
Pouco mais tarde, foi até outra ótica, já na Rua José Antônio. Ele tentou ‘comprar’ 5 óculos no valor de R$ 4,3 mil, mas o proprietário percebeu que o valor enviado via Pix não havia caído na conta e, então, não entregou os produtos.
Cerca de meia hora depois, o militar foi em outra ótica, dessa vez em um shopping da Capital, onde ‘comprou’ quatro óculos avaliados em R$ 1.796,40 e agiu da mesma forma, apresentando comprovante de Pix falso.
Segundo a denúncia, ele obteve para si vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo alguém ao erro, mediante meio fraudulento.
Assim que as vítimas perceberam o golpe, foram feitos boletins de ocorrência. Mais tarde, no mesmo dia, em diligências, a polícia encontrou e prendeu o militar no apartamento no bairro Universitário. Ele estava com o carro, um Ford Ka, branco, usado nos crimes, além de um celular e os objetos furtados.
Ele contou que estava reformado desde 2018. Já tinha passagens por lesão corporal, ameaça e estelionato, violência doméstica, injúria e perturbação da tranquilidade.
Disse ainda que morava com a mãe, que estava doente e que revenderiam os produtos para pagar tratamento de saúde.
Lembrou que no dia usou a farda para ir até o hospital militar solicitar exame, no caminho decidiu parar em algumas óticas para aplicar o golpe.
Sobre o crime, explicou que programava os pagamentos via Pix para data futura e, após sair, cancelava os agendamentos.
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