A morte da compositora Laysa Moraes Ferreira, conhecida como MC LaBrysa — encontrada enrolada em um tapete às margens do Rio Cuiabá, em Mato Grosso —, teria sido ordenada pela facção criminosa Comando Vermelho. A rapper foi encontrada morta no dia 9 de janeiro, após ficar desaparecida há quase uma semana, quando foi vista no bairro Santa Isabel, na capital mato-grossense.
Quase nove meses após o assassinato da artista de Mato Grosso do Sul, a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) continua investigando o crime. Nesta segunda-feira (6), o delegado Edison Pick, que apura o caso, afirmou ao Jornal Midiamax que uma das linhas de investigação aponta que a morte de MC LaBrysa teria sido ordenada por faccionados. Até o momento, nenhum suspeito foi localizado.
LaBrysa era natural de Campo Grande e se mudou no ano passado para a capital vizinha. Além de MC, ela trabalhava em uma rede de fast-food. No dia 9 de janeiro, um pescador encontrou o corpo da artista, após enroscar em uma pedra do Rio Cuiabá. A vítima estava amarrada a uma lata de tinta com concreto, para impedir que emergisse. Logo, o pescador acionou a Polícia Civil, que encaminhou o corpo para exames no IML (Instituto Médico Legal).
Na época, o delegado Bruno Abreu ressaltou ao jornal local Olhar Direto que os criminosos jogaram a rapper ainda viva no Rio Cuiabá.
“Foi encontrada areia em seus pulmões, o que indica que ela respirou areia enquanto viva, o que é reforçado pelo fato de ela ter sido jogada enrolada e amarrada. É o que o laudo diz, apenas afogamento. Ela estava viva quando foi jogada”, afirmou o delegado.
LaBrysa
Laysa se mudou no ano passado para a capital vizinha, para investir na carreira de MC. Com cerca de 8 anos de trajetória, ela foi vencedora da ‘Batalha Vai Ser Rimando’, promovida pelo cantor e compositor Emicida. A artista também atuava como poetisa e compositora.
Dias após o crime, dezenas de pessoas lotaram a Praça Ary Coelho, no Centro de Campo Grande, para pedir por justiça. Como a rapper era natural de Mato Grosso do Sul, ela possui muitos fãs e amigos na Capital. Então, em ato de justiça, um grupo percorreu a Rua 14 de Julho com cartazes.
Entre os cartazes espalhados pelo Centro, estavam frases como: “O hip-hop está de luto”, “Justiça por LaBrysa, parem de nos matar!”, “LaBrysa Presente” e o bordão da artista: “LaBrysa, Irrita”.
Durante o ato de justiça, alguns manifestantes também se emocionaram e se abraçaram para consolar uns aos outros pela partida precoce da rapper campo-grandense.
Desaparecimento
Um amigo de LaBrysa foi até sua casa para obter informações e, ao chegar lá, encontrou a porta destrancada. Todos os pertences da rapper estavam no local, e não havia indícios de que ela saiu sem levar itens essenciais.
Desde então, amigos e a polícia intensificaram as buscas. Os amigos ainda realizaram uma campanha pelas redes sociais em busca de informações.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)
