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Polícia

Músico é indiciado pelo feminicídio de jornalista em Campo Grande

No indiciamento, consta que o músico manteve Vanessa em cárcere privado por cinco dias
Thatiana Melo, Lívia Bezerra -
Caio matou Vanessa com três facadas. (Redes sociais, reprodução)

O músico Caio do Nascimento Pereira foi indiciado pelo MPMS (Ministério Público de ) pelo feminicídio que vitimou a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, em .

O feminicídio ocorreu na tarde do dia 12 de fevereiro quando a jornalista foi esfaqueada pelo ex-noivo na própria casa. Caio está preso desde o dia do crime e sua defesa insiste em exames para provar que o cliente estava sob efeito de drogas ao matar Vanessa.

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E nesta quinta-feira (6), o Wellington Mendes, que representa a defesa do músico, confirmou ao Jornal Midiamax que o cliente foi indiciado. No indiciamento, consta que o músico manteve Vanessa em cárcere privado por cinco dias e obrigou ela a lhe dar R$ 1 mil para pagar entorpecentes.

Durante as investigações, com a oitiva de testemunhas, foi constatado ainda que a jornalista estava indo trabalhar com roupas longas, mesmo em dias de calor, o que gerou desconfiança dos colegas de trabalho.

Ainda segundo o MPMS, após desferir as facadas contra a jornalista naquele 12 de fevereiro, Caio ligou para um primo dizendo que ‘fez coisa errada’.

Defesa insiste em exames para provar que músico estava sob efeito de drogas

A defesa do músico pediu novamente para que exames toxicológicos sejam realizados para identificar que no momento do crime Caio estava sob efeito de drogas. De acordo com o advogado Wellington Mendes, “já havíamos feito esse pedido na audiência de custódia, visto que ele ainda se encontrava sob efeito de drogas, agora fizemos ao juiz titular do processo”, disse o advogado.

“Além do que ele é usuário, como amigos e familiares afirmam, inclusive testemunhas do caso”, falou Wellington Mendes. A defesa em seu pedido ainda alegou que: “A medida e sua urgência, se justificam pela capacidade de interferência psíquica do agente, além do risco iminente de perecimento da prova, tendo em vista que substâncias psicoativas, como a cocaína, podem ser eliminadas do organismo, tornando inviável a sua posterior constatação mediante exame toxicológico”.

Reconstituição do feminicídio

A reconstituição do crime ocorreu no dia 25 de fevereiro. O vizinho de Vanessa Ricarte – morta a facadas pelo ex-noivo em casa – lembrou o grito desesperador da jornalista e lamentou não ter conseguido salvá-la do feminicídio naquele 12 de fevereiro. A Polícia Civil realizou a reprodução simulada do crime no bairro São Francisco, em Campo Grande.

No local, o vizinho da jornalista reproduziu à polícia o passo a passo feito no dia do feminicídio. Ele contou à reportagem do Jornal Midiamax que ajudou os policiais a abrirem o portão da residência de Vanessa naquela tarde. 

“A reprodução simulada foi tranquila, eu me sinto até melhor, mas o fato de não ter conseguido salvar ela (Vanessa) foi muito difícil. Quero que a justiça seja feita”, disse o vizinho. 

Feminicídio

A jornalista Vanessa Ricarte era servidora pública no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul). Ela foi esfaqueada três vezes na região do tórax e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.

No dia do crime, o feminicida disfarçou calma e disse que aceitava o fim do relacionamento. Mas o que veio a seguir foram facadas desferidas contra Vanessa.

Vanessa tinha voltado da delegacia, onde foi buscar a medida protetiva contra Caio, que não recebeu a intimação a tempo, quando se deparou com o músico na residência. A jornalista estava na companhia de um amigo e foi ao local para buscar seus pertences.

Na madrugada do dia da morte de Vanessa, ela foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhada de um amigo, para registrar um boletim de ocorrência por agressão contra Caio e pedir medida protetiva.

No período da tarde, ela foi até sua casa, acompanhada do mesmo amigo, para pegar seus pertences. Chegando à residência, ela foi esfaqueada por Caio.

O caso ganhou repercussão após áudios gravados por Vanessa hora antes de morrer apontaram descaso e erros no atendimento que ela recebeu quando procurou ajuda na Casa da Mulher Brasileira. 

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