A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (16), a ‘Operação Circuito Fechado’, marcando o cerco final a uma rede criminosa transnacional responsável pelo ingresso e distribuição ilegal de eletrônicos de alto valor no território brasileiro.
As apurações financeiras revelaram que o grupo movimentou aproximadamente R$ 32 milhões ao longo de quatro anos, confirmando a dimensão econômica da atividade criminosa e o impacto do esquema sobre a economia formal.
As investigações tiveram início em 2024, após a apreensão de grande quantidade de aparelhos celulares na região de Guaíra, no Paraná, fronteira entre Brasil e Paraguai.
A Polícia Federal identificou uma organização criminosa estruturada, estável e hierarquizada, dedicada ao transporte, financiamento e revenda de produtos introduzidos irregularmente no país.
O grupo criminoso atuava em rotas clandestinas que conectavam o Paraguai a municípios brasileiros nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para ocultar a origem dos bens e dos valores movimentados, utilizavam veículos registrados em nome de terceiros, empresas de fachada e contas bancárias intermediárias.
Por decisão da Justiça Federal de Guaíra, foram expedidos 10 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva, além do sequestro de bens móveis e imóveis relacionados à atividade criminosa.
A operação mobilizou aproximadamente 50 policiais federais, com cumprimento das ordens judiciais nas cidades de Loanda/PR, Santa Isabel do Ivaí/PR, Umuarama/PR, Mundo Novo/MS e Assis/SP.
A investigação comprovou que o grupo realizava viagens semanais para o transporte de centenas de aparelhos celulares, utilizando comunicação criptografada, aplicativos de mensagens e monitoramento em tempo real de barreiras policiais e fiscais. Além disso, movimentavam valores expressivos por meio de contas interpostas de pessoas físicas e jurídicas.
O nome “Circuito Fechado” faz referência à vigilância constante mantida pelo grupo criminoso sobre as rotas clandestinas e à ação coordenada da Polícia Federal, que fechou o cerco sobre toda a estrutura ilícita.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, descaminho e lavagem de dinheiro.
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(Revisão: Bianca Iglesias)