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Polícia

Porteiro pede socorro após roubo, mas é espancado e detido em Campo Grande

Vítima disse que foi espancada por segurança de farmácia onde pediu socorro
Lívia Bezerra -
(Reprodução, Leitor Midiamax)

Porteiro, de 44 anos, pediu socorro após ser roubado, mas foi espancado e detido na Avenida , em . O caso aconteceu na madrugada da última quinta-feira (2), mas o porteiro registrou boletim de ocorrência somente nesse sábado (4).

De acordo com o registro policial, o homem contou que estava caminhando nas proximidades da farmácia, quando foi abordado por seis pessoas, que lhe pediram cigarro. Em determinado momento, um dos autores puxou o aparelho celular que estava na mão do porteiro e saiu correndo.

“Eu estava voltando da casa de uma amiga, mas a bateria do meu celular estava com 1% de carga e eu não conseguia chamar um carro de aplicativo. Então, vi que já estava no horário de ônibus e pensei ‘vou até o terminal da Bandeirantes’, foi aí que encontrei esses rapazes parados na esquina”, relatou a vítima ao Jornal Midiamax.

Diante do , a vítima perseguiu o autor por duas quadras, mas não conseguiu alcançá-lo. Então, o porteiro foi até o estacionamento da farmácia, na Avenida Bandeirantes, para pedir socorro e um celular para que acionasse a polícia.

Entretanto, o porteiro contou que notou que um dos integrantes do grupo estava conversando com o segurança do estabelecimento. Então, ele pediu que o autor fosse contido naquele momento, mas o segurança teria somente ordenado que o porteiro saísse do local.

Em seguida, o porteiro disse que foi empurrado e afirmou que não sairia da farmácia enquanto não acionasse a polícia. Diante da negativa, o homem foi agredido pelo segurança com vários golpes de cassetete, enquanto o integrante do grupo que lhe roubou fugiu em um Gol branco.

Porteiro foi ‘salvo’ por motoentregadores

Em decorrência das agressões, o porteiro sofreu lesões nos braços, pernas, abdômen e na cabeça. Segundo ele, as agressões só pararam quando alguns motoentregadores passaram pelo local, se depararam com a violência e interviram.

Depois, uma equipe da PM (Polícia Militar) chegou ao local e encaminhou a vítima para a 6ª DP (Delegacia de Polícia Civil). Na unidade policial, foi registrada ocorrência de e perturbação do trabalho ou sossego alheio contra a vítima. “Eles alegaram que eu estava causando perturbação de sossego. O segurança me espancou e fui acusado de perturbação de sossego, sendo que eu fui lá para pedir socorro”, disse o porteiro, indignado com a situação.

Ao Jornal Midiamax, o homem relatou ainda que ficou das 6 horas da manhã até às 16 horas detido na delegacia e que não foi solicitado exame de corpo de delito. Também, comentou que soube que o segurança seria um PM aposentado. “Na delegacia, solicitei o exame de corpo de delito e o boletim de ocorrência da agressão e do roubo de celular, mas foi recusado”, falou.

Devido ao longo período em que ficou detido na delegacia, ele disse que não conseguiu contato com familiares e, por isso, acreditavam que ele estava desaparecido. “Minha mãe é idosa, diabética e hipertensa. Ela, juntamente com meu irmão, veio no meu trabalho, perguntou se eu estava aqui, rodou a cidade, foi até na Santa Casa. Para eles, eu estava desaparecido”, disse o porteiro.

Além do celular — novo e comprado três dias antes — o fato do pedido de socorro não ser atendido deixou a vítima bastante abalada. “Estou muito revoltado, arrasado e frustrado. Quando a gente é roubado, ficamos sem chão e quando tentamos achar um socorro, as pessoas se negam a te socorrer. Eu também trabalho na área de segurança, se alguém aparecer aqui no meu trabalho pedindo socorro, a primeira coisa que vou fazer questão é de chamar a polícia. Imagina se vou agredir uma pessoa que está me pedindo socorro? Para mim, não tem lógica. Aí chegamos na delegacia e as coisas se invertem”, lamentou.

Diante dos fatos, o Jornal Midiamax acionou a farmácia acerca da conduta do segurança e a Polícia Civil sobre os procedimentos realizados na delegacia e aguarda um posicionamento. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

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