João Alberto Paixão Lages, Helder Adriano de Freitas e Alan Cavalcante do Nascimento — presos durante a Operação Rejeitos — foram transferidos para a Penitenciária Federal de Campo Grande neste sábado (20).
O trio é investigado em um esquema de fraudes na mineração de Minas Gerais. Eles e outras 13 pessoas foram presas durante a Operação Rejeito, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na última quarta-feira (17) no estado mineiro.
As investigações apontam que Alan seria o chefe da quadrilha, enquanto João Alberto atuaria como sócio de uma das empresas e articulador do grupo. Já Helder é apontado como articulador com servidores públicos e representantes de órgãos ambientais para manipular processos de licenciamento.
Segundo o g1 de Minas Gerais, o trio embarcou por volta das 13 horas no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com destino à Capital sul-mato-grossense. Esta é a primeira vez na história que transferência de presos ligados a crimes ambientais para presídio federal de segurança máxima é autorizada pela Justiça.
Operação Rejeito
Durante a operação, foram cumpridos 79 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão preventiva, determinado o afastamento de servidores públicos, bloqueio e sequestro de ativos no valor de R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas.

A quadrilha teria corrompido servidores públicos em vários órgãos estaduais e federais de fiscalização, bem como no controle da área ambiental e de mineração. O intuito dos criminosos era obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas.
De acordo com a PF, as autorizações eram usadas para usurpar e explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, inclusive, locais tombados e próximos de áreas de preservação. A exploração gera graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos.
Também, o grupo teria cometido os crimes para neutralizar a ação do Estado, dificultando assim as investigações e monitorando autoridades. Eles usavam vários artifícios para lavar dinheiro obtido com o crime.
Entre os lucros, estima-se que seja de R$ 1,5 bilhão. Mas as investigações encontraram projetos em andamento vinculados à quadrilha, cujo potencial econômico superior é de R$ 18 bilhões.
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