O sonho de ser policial, a dedicação, não acabaram no fatídico dia 22 de julho, quando o militar Henrique Fonseca Neutzling, do Batalhão de Choque, sofreu um acidente quando estava a caminho de uma ocorrência. Com o acidente, Henrique teve de amputar uma das pernas.
Para o Jornal Midiamax, o policial contou que está se dedicando a sua recuperação. Henrique disse que é gaúcho e veio para Mato Grosso do Sul para fazer o concurso da Polícia Militar. “Sempre quis ser policial desde pequeno”, falou.
“Estou me adaptando a minha nova realidade”, disse o militar. Quando sofreu o acidente, Henrique disse que a primeira coisa que passou na sua cabeça foi não poder fazer o curso de operações do Choque, no qual estava inscrito. Só depois ele soube que teria de amputar a perna.
Quando recebeu a notícia da amputação, Henrique falou que a sua preocupação era não poder mais trabalhar no operacional da polícia. “Meu recomeço está atrelado a minha recuperação para me adaptar, colocar uma prótese e seguir com minha vida”, disse o policial, que ainda ressaltou o apoio do comandante do Batalhão de Choque, Rocha, em sua recuperação.
28 dias internado
O militar ficou 28 dias internado. Durante sua alta hospitalar, ele foi homenageado por colegas de trabalho e pelos funcionários do hospital.
Emocionado, o militar chorou durante a homenagem prestada. O militar foi atingido por um Fiat Uno, que estava com a placa adulterada.
O acidente
As equipes policiais estavam a caminho de uma ocorrência pela Avenida Afonso Pena, no sentido Parque dos Poderes, com os dispositivos de sinalização de emergência devidamente acionados e ao se aproximarem para atravessar o cruzamento, o semáforo estava vermelho — fechado para a equipe policial.
Mas, os motoristas pararam para que os policiais passassem, dando início à travessia. A primeira moto atravessou o cruzamento, porém, no momento em que a segunda motocicleta estava atravessando, a condutora do veículo Uno não percebeu que havia mais veículos de emergência a atravessar e, ao movimentar seu carro, bateu com a lateral direita da segunda motocicleta, fazendo com que a viatura colidisse contra o meio-fio e os policiais caíssem.
Placa adulterada
A motorista estava com a filha e o genro no carro quando ocorreu o acidente. Para os policiais, ela disse que não viu a segunda motocicleta com o militar passando e ao sair do semáforo acabou batendo na moto. Com isso, a motocicleta bateu no meio-fio e os dois policiais caíram.
Quando verificada a placa do veículo Fiat Uno descobriu-se que era adulterada. Conforme consta no boletim de ocorrência, a mulher contou que, há aproximadamente 6 anos, o veículo se envolveu em um acidente em Aquidauana.
Assim, foi deslocado de guincho e ficou em uma oficina no bairro Noroeste para reparos. Após um ano, ela decidiu retirar o veículo da oficina e, ao fazê-lo, constatou que estava sem a placa traseira. Diante disso, registrou um boletim de extravio de placa veicular.
Posteriormente, dirigiu-se a uma conveniada do Detran para realizar a vistoria veicular e obter a segunda via da placa.
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(Revisão: Bianca Iglesias)
