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Polícia

Servidora pública, jornalista esfaqueada pelo noivo morre na Santa Casa

Ela foi esfaqueada em casa, pelo companheiro, o músico Caio Nascimento
Diego Alves -
Jornalista Vanessa, vítima de feminicídio em Campo Grande (Arquivo Pessoal)

A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, servidora pública que trabalhava no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em ) morreu na Santa Casa de na noite desta quarta-feira (12), vítima de feminicídio.

Ela foi esfaqueada em casa, no Bairro São Francisco, pelo companheiro, o músico Caio Nascimento, que foi preso em flagrante logo após o crime. Vanessa foi esfaqueada três vezes na região do tórax e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde veio a óbito.

As informações são de que Vanessa tinha relacionamento há algum tempo com o autor e, há quatro meses, passaram a morar juntos na casa dela.

Na madrugada desta quarta-feira (12), Vanessa chegou a ir até a (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhada de um amigo, para registrar um boletim de ocorrência por agressão contra Caio.

No período da tarde, ela foi até sua casa, acompanhada do mesmo amigo, para pegar seus pertences. Chegando à residência, ela foi esfaqueada no peito por Caio.

O foi acionado, realizou os atendimentos e a encaminhou para a Santa Casa, onde faleceu na noite desta quarta. A Polícia Militar foi acionada e prendeu Caio em flagrante na residência.

Feminicídio

A reportagem do Jornal Midiamax conversou com um vizinho de Vanessa. Ele relatou que já havia presenciado discussões e gritarias entre o casal, anteriormente.

Nesta quarta (12), ele ouviu uma gritaria e pedidos de socorro da mulher. Ele subiu na grade do portão da casa da vítima e viu Caio desferindo golpes de faca no vidro de uma janela. Em seguida, o morador gritou com ele para que não esfaqueasse a vítima, mas Caio ignorou.

Caio então partiu para cima do vizinho, que estava na grade do portão tentando impedir o esfaqueamento. “Ele tentou vir para cima de mim, mas o portão estava fechado. Nisso, ele foi até ela e a esfaqueou”, relatou a testemunha.

Ainda conforme o relato do vizinho, a PM foi acionada e chegou em menos de cinco minutos. Lá, os policiais arrombaram o portão do imóvel e Caio se entregou. Ele foi preso em flagrante. Com três lesões no tórax, Vanessa foi levada em estado gravíssimo à Santa Casa, onde morreu.

Caio foi preso em flagrante logo após o crime

Caio do Nascimento Pereira acumulava 11 registros por violência doméstica. Ele foi preso e levado para a Deam (Delegacia Especializada  de Atendimento à Mulher). Vanessa é a primeira vítima de feminicídio em Campo Grande, e a segunda no Estado em 2025.

Os boletins de ocorrência de violência doméstica começaram a ser registrados em 2020. Em um dos casos, uma ex-namorada foi parar na Santa Casa depois de ser agredida pelo músico. A ex-namorada agredida teve queimaduras no rosto e braços, do que parecia ser fricção no asfalto.

A filha da vítima na época relatou que a mãe foi agredida pelo seu ex-namorado na casa dele e que teria pego um motorista de aplicativo até sua casa, momento em que o ex-namorado chegou pilotando uma motocicleta logo atrás da vítima. Nisto, ela ligou para a polícia e o agressor fugiu do local.

A vítima, na época, contou que o músico era usuário de drogas e muito agressivo, e por conta disso ficou traumatizada e faz tratamento médico devido à gravidade do fato.

Uma outra ex-companheira de Caio registrou vários boletins de ocorrência contra ele. Um dos registros foi em 2024, após a separação do casal. Na delegacia, ela disse que conviveu maritalmente com Caio por 1 ano, e que sofria violência psicológica. A mulher havia solicitado medidas protetivas contra o músico.

Em 2023, ele teve outro registro na Deam por violência psicológica contra mulher. Em fevereiro de 2023, a ex-mulher de Caio procurou a Deam depois de ser sistematicamente perseguida por ele. Na época, ele contou na delegacia que conviveu com o autor por aproximadamente 11 anos, sendo que terminaram o relacionamento há cerca de 2 anos e meio.

Ela ainda contou que o autor não aceitava o término do relacionamento; que mesmo a vítima tendo relacionamento com outra pessoa, o autor ficava querendo saber da sua vida e onde estava morando. O autor a agredia verbalmente, dizendo que ela seria uma criminosa, péssima mãe, ser humano deplorável, doente e manipuladora; e lhe fazendo ameaças dizendo que a vítima não imagina o que lhe aguardava.

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