Com a falta de uma testemunha na segunda audiência de instrução e julgamento do assassinato de Miguel Beggs dos Santos, de 58 anos, o interrogatório de Edney Pereira Luciano foi adiado nesta segunda-feira (2). Miguel foi morto espancado na madrugada do dia 10 de março deste ano no Jardim Macaúbas, em Campo Grande, e Edney foi preso logo depois.
A segunda audiência do caso ocorreu na tarde desta segunda (2), no Fórum de Campo Grande, onde testemunhas foram ouvidas na presença do réu, acompanhado de seus advogados de defesa. Como a expectativa era que Edney fosse interrogado nesta tarde, mas uma das testemunhas faltou, uma terceira audiência foi marcada para o próximo dia 23 de junho.
“Essa testemunha é imprescindível para o caso. E, por conta disso e pelo fato do réu precisar ser o último a ser ouvido, tivemos que marcar mais uma audiência, que será a terceira, para ouvir essa testemunha e, por último, o réu”, explicou uma das advogadas, Rebeca Demleitner Cafure.
E durante a audiência desta segunda-feira (2), o réu precisou sair da sala para que uma das testemunhas fosse ouvida pelo juiz. Apesar disso, a sessão, que durou menos de 1 hora, foi tranquila, conforme afirmou a advogada.
“Foi uma audiência tranquila, dentro da normalidade. Todo mundo conseguiu fazer as perguntas, tanto o juiz quanto o promotor, os assistentes de acusação, nós advogados conseguimos, acredito que, extrair as melhores informações para ambos, para quem vai acusar, para quem vai defender. Então foi uma audiência bem satisfatória”, resumiu Rebeca.
Sobre a próxima audiência, a advogada do réu adiantou como deve ocorrer. “Ele vai contar a versão dele sobre os fatos e poder esclarecer um pouco mais o caso, pois até então tem apenas a questão da denúncia. Tiveram algumas testemunhas que relataram a questão da amizade entre eles, então ele vai poder esclarecer um pouco mais essas circunstâncias”, revelou.
Somente após a realização da terceira audiência, que deve ser a última do caso, é que será decidido pela Justiça se Edney será submetido ao Tribunal do Júri.
Relembre o caso
Informações preliminares obtidas pelo Jornal Midiamax na época do crime são de que os homens estavam bebendo na Rua do Patrocínio, no Jardim Macaúbas. Por volta das 4 horas da madrugada daquele 10 de março, começou uma discussão entre eles por bebidas alcoólicas.
Durante a briga, Miguel foi espancado e golpeado com um caco de vidro no pescoço. Uma testemunha contou na delegacia que por volta das 4 horas da madrugada começou a ouvir os latidos dos cachorros e gritos na rua de socorro. Ele, então, se levantou e olhou pela fresta do portão, dois homens brigando na rua.
O acusado estava de pé e dizia para a vítima que estava caída no chão pedindo socorro, “Cadê seu irmão agora? Ele não é o bichão”. Conforme o relato da testemunha, o acusado ainda arrastou o corpo de Miguel para o meio da rua.
Logo em seguida, Edney voltou ao carro e pegou um caco de vidro e desferiu um golpe contra o rosto da vítima, que ainda foi golpeada no pescoço com uma chave de fenda. Em depoimento na delegacia, o acusado se manteve calado.
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