Um homem, que não foi identificado, foi flagrado pendurado em um poste de energia elétrica. O flagrante foi registrado na sexta-feira (4), no bairro Guanandi II, em Campo Grande.
Nas imagens enviadas à reportagem do Jornal Midiamax, é possível ver o homem se segurando no poste enquanto tenta cortar os fios com um alicate.
A GCM (Guarda Civil Metropolitana) de Campo Grande informa que, em 2024, já foram registradas 218 denúncias de furto de fios, sendo 23 flagrantes, com uma média de 18 furtos por mês.
O crime tem se tornado cada vez mais frequente devido ao alto valor do cobre no mercado clandestino. A estimativa é que o quilo do cobre esteja valendo, aproximadamente, R$ 50.
Os furtos têm prejudicado tanto o setor público quanto a iniciativa privada, já que o material é essencial para redes de comunicação, iluminação pública, semáforos, além de instalações residenciais e obras.
Multa e detenção
Os crimes de furto de cobre costumam estar relacionados à dependência química. Um dos principais fatores que estimulam esse tipo de crime é a facilidade de venda do produto.
Uma lei aprovada em maio de 2022 exige a comprovação de origem ou procedência na comercialização de cobre, alumínio e estanho em Campo Grande. Em outubro de 2023, foi assinado um decreto para regulamentar as ações de combate aos furtos.
De acordo com a regulamentação, o estabelecimento que comercializar o produto sem comprovação de procedência poderá ser multado em R$ 10 mil. O responsável pelo local pode ser condenado à reclusão de 1 a 4 anos, além de ter o alvará de funcionamento cassado por 10 anos, tanto para o proprietário quanto para o sócio.
Operação Ferro-velho
A primeira fase da Operação Ferro-velho foi deflagrada no dia 1º de novembro de 2023. As ações são realizadas em conjunto pelas forças de segurança pública.
Ferros-velhos clandestinos são os principais alvos das operações, que visam combater o comércio ilegal de fios de cobre em Campo Grande. Esses estabelecimentos são apontados como os principais receptadores do material furtado.
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