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Trânsito

Em Campo Grande, as avenidas lideram acidentes; saiba qual é a ‘campeã’

Agetran atribui alto número de acidentes ao fluxo intenso; mortes são por conta principalmente da alta velocidade
Adriel Mattos, Layane Costa -
Avenida Afonso Pena acumulou mais de 500 acidentes em 2024. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Nos últimos dois anos, a Avenida Afonso Pena não só lidera o ranking das vias com mais acidentes de trânsito em , como ainda registra o dobro de sinistros em relação à segunda colocada, a Avenida Mato Grosso. Os dados são do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada do Trânsito), vinculado à (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

Em 2024, a principal avenida da Capital teve 563 acidentes, enquanto a Mato Grosso registrou 298 colisões. Duque de Caxias (270), Presidente Ernesto Geisel (237) e Gury Marques (220) completam a lista. Já em 2023, a Rua Rui Barbosa e a Ernesto Geisel empataram na última posição com 152 sinistros.

O Jornal Midiamax publicou em maio que os motociclistas são as principais vítimas do trânsito em Campo Grande. Entre 1º de janeiro e 11 de maio de 2025, 55 motociclistas sofreram acidente na via. No mesmo período de 2024, foram 51 sinistros — um aumento de 7,8%. Já em 2023, foram 47. Em dois anos, a alta foi de 17%.

Ilustração: Giovana Freire, Midiamax
Ilustração: Giovana Freire, Midiamax

Fluxo intenso causa acidentes nas avenidas

O trânsito intenso nessas vias é um fator determinante para tantos acidentes. Por isso, a campanha Maio Amarelo, que visa conscientizar o público da importância da direção segura, foi lançada na Praça Ary Coelho, que fica justamente na Avenida Afonso Pena.

“Vemos a Afonso Pena sempre entre as vias que mais têm sinistros com vítimas, sem vítimas e também com vítimas fatais pelo tamanho do fluxo que temos. Isso é bastante compreensível e faz também com que a gente tenha algumas ações específicas educativas. A campanha do Maio Amarelo, por exemplo, acabou acontecendo lá na Praça Ary Coelho, é uma região que a gente cuida bastante”, disse ao Jornal Midiamax o professor Renan Cunha Soares Júnior, psicólogo especialista em trânsito da Agetran.

Olhando para os acidentes com mortes, as causas já são conhecidas. “Os estudos que a gente faz principalmente sobre os sinistros fatais aqui em Campo Grande estão ligados ao excesso de velocidade, a condutores que não têm habilitação, uso de telefones celulares, consumo de bebida anterior à direção. Fatores esses que estão bastante presentes nestes sinistros, principalmente naqueles fatais”, pontua Renan.

Agetran diz que fiscalização é intensa

O diretor-presidente da Agetran, Paulo da Silva, destaca que a fiscalização é intensa, mas ainda falta consciência da população. “Abrimos processo de fiscalização duas, três vezes por semana. Não é surpresa para nós que a maior quantidade de multas aplicadas seja por falta de habilitação”, lamenta.

O diretor ainda pontua outra razão para os acidentes: o uso do telefone celular. “Celular toma a atenção dos motoristas e muitos acidentes têm acontecido também por isso, inclusive no avanço de sinal, no avanço de faixas de pedestre, com risco de atropelar o pedestre, porque não respeita a sinalização. Um dado importante para o motorista da cidade de Campo Grande é que a velocidade máxima permitida no perímetro urbano de Campo Grande é de 50 km por hora”, destacou.

Ônibus na Avenida Mato Grosso. Corredores do também têm sido causa de acidentes. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Acidentes em corredores de ônibus

O psicólogo especialista em trânsito destaca que, nas vias em que há corredores do transporte coletivo, a falta de atenção à sinalização específica causa a maioria dos sinistros. Desde a implantação dos corredores, em 2022, a Agetran afirma atuar para conscientizar os condutores sobre como trafegar nessas vias.

“Assim como acontece em outras vias, se a gente fizer um estudo observacional qualquer via que você tenha três faixas, você vai ver as pessoas saindo da faixa do meio para poder fazer a conversão, então isso acaba acontecendo na via que tem o corredor também. Esse conflito é um dos principais que a gente tem tentado solucionar com essas atividades de sensibilização, educativas, justamente para coibir aquelas colisões que acontecem em decorrência desse tipo de atividade”, explica o especialista.

Vale lembrar que, em março de 2023, o Jornal Midiamax publicou reportagem que traz a maneira correta de fazer a conversão nos pontos críticos em corredores de transporte coletivo. Clique AQUI para conferir.

Assim como a cidade cresceu, o trânsito aumentou. Se antes os acidentes mais complexos ocorriam mais à noite ou aos fins de semana, atualmente já há registros logo cedo. Daí a importância do GGIT.

“A gente está nas escolas, nas empresas, nas igrejas, ou seja, numa série de espaços fazendo esse diálogo com a sociedade campo-grandense para tentar justamente mitigar essa questão dos sinistros. Além, obviamente, das intervenções de engenharia que são feitas na cidade, construção do sistema cicloviário, ou seja, uma série de outras ações que acabam resultando na diminuição desses sinistros fatais dentro do município de Campo Grande”, arrematou.

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