Para a polícia, o motorista que conduzia o caminhão da Solurb no momento em que foi atropelado o trabalhador Cripriano Pereira Quinhone, de 60 anos, disse não ter visto o grave acidente. Os fatos ocorreram na tarde da quarta-feira (17), na Avenida Duque de Caxias, na região da Vila Alba, em Campo Grande.
Conforme o boletim de ocorrência, o motorista alegou não ter visto o fato. Assim, não sabendo da dinâmica do acidente, segundo ele, pela posição em que se encontrava, não teria visualizado o fato.
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O delegado Sam Ricardo Aranha Suzumura, da 6ª Delegacia de Polícia, que inclusive acompanhou todo o trabalho de perícia no local, informou que a principal linha de investigação é de que um caminhão de aro 22 atropelou Cipriano.
“A vítima apresentava [no corpo] a banda de rodagem de pneu. Já sabemos qual pneu teria produzido. Uma das características é do próprio veículo que ele utilizava para locomoção. Mas não podemos falar que foi o caminhão da empresa, é comum como o da empresa”, explicou o delegado.
Ainda conforme detalhes do registro policial, a principal suspeita é de que o caminhão envolvido no acidente seja o da Solurb. No entanto, o motorista afirma que não viu o atropelamento.

Sindicato espera por perícia
O presidente do Seteac-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação), Ton Jean Ramalho Ferreira, disse ao Midiamax que vai esperar pela perícia da Polícia Civil. Por isso, por enquanto, o sindicato não deve tomar providências além de dar apoio à família da vítima.
Conforme Ton, o caminhão em que estava trabalhando Cipriano não tinha câmeras, já que são destinados para recolher podas e lixo das vias públicas. Diferentemente dos caminhões de coleta domiciliar, que possuem câmeras.
“O sindicato lamenta essa tragédia, e esperamos que essa situação seja resolvida com a perícia”, disse o presidente do sindicato. Ainda segundo Ton, “nesse caso, ainda estamos sem entender a dinâmica do acidente, porém estamos acompanhando para verificar de quem ou de que forma aconteceu a trágica falha que acabou matando um trabalhador, e isso não pode acontecer”, falou.
‘Implorei’: filha chora morte de trabalhador
Segundo as informações apuradas pelo Midiamax, Cipriano trabalhava há quase 10 anos na empresa como coletor de resíduos. Assim, bastante abalada ao ver o pai morto, a filha, aos prantos, dizia: “Eu implorei para o meu pai parar de trabalhar nisso”.
Durante o momento de desespero, ela teria afirmado que Cipriano estava prestes a se aposentar.
Por fim, a reportagem acionou a Solurb; mas, até o fechamento da matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.
O que diz a Solurb?
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de um colaborador em decorrência de um acidente ocorrido na tarde desta quarta-feira (17/09), na Avenida Duque de Caxias.
O trabalhador foi vítima de um atropelamento, circunstância que resultou em seu óbito no local. As autoridades competentes, juntamente com a Polícia, estão realizando a devida perícia para esclarecer a dinâmica do acidente, que ainda não está completamente compreendida.
Neste momento de dor, manifestamos nossa solidariedade e condolências à família, amigos e colegas de trabalho, reiterando nosso compromisso de acompanhar de perto as apurações e prestar todo o apoio necessário.”

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(Revisão: Dáfini Lisboa)