Pular para o conteúdo
Política

Defesa tem de salmo a acusação ao Gaeco, mas não blinda Olarte em ação

'Livra-me, Deus, dos meus inimigos', pediu advogado
Arquivo -

‘Livra-me, Deus, dos meus inimigos’, pediu advogado

“Livra-me, meu Deus, dos meus inimigos, defende-me daqueles que levantam contra mim”. Os versos, retirados do salmo 59 da Bíblia Sagrada, encerraram a argumentação de Jail Azambuja, advogado do prefeito de , (PP), na tentativa frustrada de impedir que a Seção Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) acatasse denúncia contra ele. Na visão da defesa, as investigações do (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foram feitas de forma irregular, fazendo do pepista vítima de um “grupo opositor” e tentando forjar o envolvimento dele em ilegalidades.

Nada disso adiantou, ou não blindou, para usar termo do próprio prefeito em uma ligação interceptada durante as investigações: “sou blindado”, teria dito ele, conforme acompanhou o Gaeco, falando sobre suposta ‘proteção extra’ junto a esferas judiciais. Acompanhando o voto do relator, desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, a Seção Criminal tornou Gilmar Olarte réu sob a acusação de corrupção passiva, por seis vezes, e lavagem de dinheiro.

Tentando evitar que isso acontecesse, a defesa alegou ilicitude na coleta de provas, dizendo que escutas telefônicas foram feitas sem autorização do TJ, enquanto Olarte já tinha foro privilegiado, por ter assumido o cargo após a cassação, pela Câmara Municipal, de Alcides Bernal (PP). De fato, coincidência ou não, a estava em andamento quando o pastor tomou posse, em 13 de março de 2014.

Além disso, Jail Azambuja sustenta que parte do conteúdo das escutas feitas pelo Gaeco no decorrer da investigação contém “diálogos estranhos”. Sugere que investigados estariam dizendo coisas de forma proposital para implicar crimes contra Olarte.

O relator mostrou, cronologicamente, não ter havido irregularidade no trâmite da investigação. Assim que Olarte assumiu a Prefeitura, lembrou ele, o Gaeco avisou a Procuradoria-Geral de Justiça, ou seja, a chefia do MPE (Ministério Público Estadual), que por sua vez, ainda conforme o desembargador, orientou o grupo nos procedimentos necessários para prosseguir com os trabalhos.

Em síntese, o Gaeco mandou o caso para o TJ, já que no caso de o investigado ter foro privilegiado é preciso autorização da instância máxima da Justiça Estadual. E assim foi feito, lembrou o desembargador.

Bonassini esclareceu que o foro privilegiado de Olarte surgiu posteriormente ao início da investigação, então o Gaeco tinha competência e autoridade legal para conduzir o caso e proceder à coleta de provas. “Não há irregularidade”, concluiu.

A uma plateia com pelo menos 100 pessoas, a maioria professores da rede municipal, em greve desde o fim de maio, Bonassini ainda explicou: Olarte não está sendo incriminado, já que a decisão do TJ, neste momento, é somente a de acatar a denúncia contra ele. Jail Azambuja disse que recorrerá ao ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Ex-integrante de Conselho diz na CPI que alertou sobre fraudes no INSS

Brasil tem 47 casos de intoxicação por metanol; mortes chegam a nove

Jovem preso após acidente fatal em avenida de condomínios de luxo em Dourados é levado para penitenciária

Dólar recua pelo 4º pregão consecutivo e fecha abaixo de R$ 5,40

Notícias mais lidas agora

Turn Off: Justiça vai ouvir 79 testemunhas em ação por desvio de R$ 8 milhões da Apae

bonito

Justiça nega liberdade a ex-secretário e empreiteiro presos por corrupção de desvios de R$ 4 milhões 

Brasileiro foi executado com 16 tiros em estacionamento de shopping na fronteira de MS

Com sinalização apagada, carro capota em avenida no Jardim Veraneio: ‘não é a primeira vez’

Últimas Notícias

Esportes

Vasco bate Fluminense, amplia invencibilidade e embala no Brasileirão

Time de São Januário chegou à sua quinta vitória nos últimos seis jogos

Polícia

Baleado seis vezes em atentado na fronteira será levado para Assunção

Será transferido a um hospital na capital Assunção

Brasil

Anvisa restringe venda de azeite, sal do himalaia e chá; confira

Anvisa suspendeu 13 lotes do sal do himalaia moído 500g

Polícia

VÍDEO: discussão termina em confusão entre paciente e GCM em UPA

Paciente xinga o guarda municipal em determinado momento