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Política

Deputado descarta solução política e diz que fazendeiros devem se defender

Outro parlamentar defendeu prisão de ministro em caso de morte
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Outro parlamentar defendeu prisão de ministro em caso de morte

Os próprios políticos já não acreditam mais em uma solução, nesta seara, para os conflitos entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul. Entre sugestões que incluem até prender autoridade federal, o entendimento é de que os ruralistas devem defender as terras à própria sorte.

Durante reunião entre políticos e fazendeiros, na manhã desta segunda-feira (29), na Assomasul (Associação dos Municípios de MS), o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) disse ter conversado com vários colegas sobre o assunto. Chegou à conclusão de que “não se acredita que vai resolver politicamente” os conflitos.

Por isso, orientou o parlamentar, “um produtor que ajude o outro” a defender suas propriedades. Aliás, a própria questão de propriedade é alvo do embate – fazendeiros dizem ter a posse da terra, pelas quais cobram indenizações para deixar as áreas que julgam invadidas, enquanto os índios classificam de ‘retomadas’ do próprio território as ações.

“Já vi produtor ser morto a paulada, a facão, e ninguém ser preso”, disse Teixeira a uma plateia que incluía membros da bancada federal, fazendeiros e prefeitos do cone sul do Estado, área onde o conflito ficou tenso na semana passada, inclusive com o envio de tropa da Força Nacional. “Esqueçam uma decisão política”, continuou o parlamentar: “os produtores é quem têm que defender o que é deles”, emendou o demista.

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) comprometeu-se a avaliar, na Assembleia Legislativa, a possibilidade de apresentar requerimento para que a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) ou o próprio Judiciário atue na questão. Neste sentido, com pedido de prisão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, caso haja mortes decorrentes dos conflitos por terra no cone sul.

Segundo o peemedebista, seria uma forma de pressionar o governo federal a solucionar o problema. Atualmente, completa, a União “fica empurrando com a barriga” a questão – já houve entendimentos no sentido de indenizar fazendeiros, que até agora não saíram do papel.

Tempos quentes

Os primeiros dias de inverno ficaram quentes no cone sul já na segunda-feira passada (22). Indígenas teriam entrado na Fazenda Madama, em , e, em seguida, fazendeiros se juntaram para tentar expulsá-los da área, havendo início de conflito e acirrando os ânimos, com acusações sobre uso de violência por ambas as partes.

Diante da situação, na sexta-feira (26) o governo federal autorizou o envio de tropa da Força Nacional à região. O reforço na segurança chegou no dia seguinte e, até o momento, há informações sobre uma criança desaparecida após os conflitos recentes.

Na reunião desta manhã na Assomasul, o presidente da Acrissull (Associação dos Criadores), Chico Maia, também mostrou descrença na possibilidade de solução política aos conflitos. “Não deixem entrar, senão vamos perder”, disse ele em relação às ‘retomadas’ indígenas.

Morte

A última notícia de morte em conflitos entre índios e fazendeiros remete a 30 de maio de 2013. Naquela ocasião, o Oziel Gabriel foi morto durante cumprimento de mandado de reintegração de posse na Fazenda Buriti, em , a 70 quilômetros de Campo Grande, outra área de constantes conflitos na disputa por terras.

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