Doação de R$ 1,5 milhões teria sido feita pela Queiroz Galvão
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, confessou durante depoimento de delação em uma força-tarefa da operação Lava Jato, que o presidente interino, Michel Temer (PMDB) recebeu propina. A afirmação aconteceu em esclarecimento da frase “Pro Michel eu dei”, captada numa gravação feita pelo próprio Machado no dia 10 de março, em conversa com o senador José Sarney (PMDB-AP). As informações são do jornal O Estado de SP.
De acordo com o Estadão, Machado esclareceu que se referia à operação para uma suposta captação de propinas para abastecer a campanha do peemedebista Gabriel Chalita (PMDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2012.
“Sobre a conversa gravada de 10 de março com Sarney, o depoente esclarece que, quando disse ‘pro Michel eu dei’, referiu-se ao vice-presidente Michel Temer; que Michel Temer apoiava, na eleição municipal de 2012, salvo engano, o candidato a prefeito de São Paulo Gabriel Chalita”, traz o depoimento.
Ainda no depoimento, Machado afirma que Temer havia dito que estava com problema no financiamento da candidatura do Gabriel Chalita e que por isso pediu ‘ajuda’ do ex-presidente da Transpetro. “O depoente disse que faria um repasse através de uma doação oficial no valor de R$ 1,5 milhão”.
À força-tarefa, Sérgio Machado apontou, ainda, a empreiteira que teria feito repasse. “Ambos acertaram o valor, que ficou em R$ 1,5 milhão; que a empresa que fez a doação – no valor ajustado – foi a Queiroz Galvão”, pontua o depoimento.
