Licença deve dar tempo a Temer para pensar em solução para crise
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, deve prolongar sua licença médica que o afastou para uma cirurgia para a retirada da próstata, segundo auxiliares e assessores do presidente Michel Temer (PMDB).
Padilha pediu a licença médica no dia 23 de fevereiro, mesmo dia em que seu nome foi citado pelo advogado José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer, que declarou que teria recebido um “pacote” a pedido do ministro.
A expectativa era de que o ministro retornasse até a próxima segunda-feira (6), porém como o estado de saúde de Padilha continua debilitado, a licença deve ser prorrogada, afirmam os assessores.
Segundo José Yunes, o advogado teria recebido um “pacote” em seu escritório a pedido de Padilha, entregue pelas mãos de um operador do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).
Esse “pacote” seriam R$ 10 milhões, parte de um Caixa 2 da Odebrecht a Temer durante as eleições de 2014, o que foi revelado pela delação de um ex-diretor da empreiteira, Cláudio Melo Filho.
Durante o tempo da licença, Temer deve avaliar o afastamento ou a permanência de Padilha no cargo. O ministro diz a aliados que retorna ao governo, sem prorrogação.
(com supervisão de Evelin Araujo)
