Temer teme que indicação aumente sua reprovação
Com as últimas denúncias contra Cristiane Brasil, assessores e colegas do presidente Michel Temer (MDB) têm defendido que um outro nome seja indicado pelo PTB para comandar o Ministério do Trabalho, que até o momento encontra-se sem ministro.
A expectativa é que a indicação de outro nome venha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, pai de Cristiane. Aliados temem que, mesmo que se consagre ministra, a deputada continue desgastando a imagem de Temer.
Além de receber a processos trabalhistas, Cristiane é investigada por associação ao tráfico de drogas, durante a campanha eleitoral de 2010. As investigações por tráfico estão agora na PGR (Procuradoria-Geral da República).
Para a equipe de Temer, a associação com o tráfico é uma crítica que pesou mais negativamente, e a nomeação de Cristiane pode resultar numa rejeição ainda maior do presidente, que já possui alto índice de rejeição.
Entretanto, o grupo não quer pedir a troca do nome da indicada, e espera que a iniciativa parta do PTB. Temer avalia que seria ruim impor medidas a um partido aliado às vésperas da votação da reforma da Previdência.
“É o PTB que tem que, se for o caso, avaliar se quer ou não quer continuar”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Caso o partido desista de indicar Cristiane, o principal cotado é o deputado Alex Canziani (PTB).
