Grupo de moradores de Dourados, entre eles o farmacêutico Racib Harb, protocolou, nesta segunda-feira (5), pedido de afastamento da vereadora Denize Portollan (PR) de suas atividades na Câmara de Vereadores. Denize e outras três pessoas foram presas no último dia 31, durante a Operação Pregão.
Deniz está preso em delegacia da cidade em razão de mandado de prisão preventiva, caso ela consiga liberdade, poderá, em tese, retomar suas atividades como vereadora. O pedido de afastamento tenta inviabilizar esse possível retorno.
Ao Dourados News, o farmacêutico afirmou que o pedido foi protocolado por atos de improbidade supostamente cometidos pela vereadora, que era secretária de Educação e por esse motivo foi alvo da operação.
“Como ela não estava no exercício da função, pedimos o afastamento temporário e análise da Comissão de Ética da Casa. Ela estava diplomada já, cometendo a irregularidade sabendo que poderia ser empossada”, disse.
Exoneração
Cinco dias depois da Operação Pregão, a prefeita de Dourados, Délia Razuk (PR), exonerou o secretário de Fazenda e o presidente da Comissão de Licitação. As duas exonerações foram publicadas em edição extra do diário oficial desta segunda-feira (5).
O secretário de Finanças, João Fava Neto e o presidente da comissão, Anilton Garcia de Souza, estão presos desde a última quarta-feira (31). Além deles, também foram presos o empresário Messias José da Silva e a vereadora Denize Portolann (PR).
As duas exonerações publicadas nesta segunda foram a pedido, ou seja, em razão de solicitação dos próprios servidores comissionados. Na semana passada, a prefeita nomeou Carlos Augusto de Mello Pimentel como secretário interino de Fazenda.
O cargo de presidente da Comissão de Licitação segue vago, conforme a publicação suplementar desta segunda.
Operação
Além das quatro prisões em Dourados, a Operação Pregão cumpriu outros 16 mandados de busca e apreensão em endereços no município do interior e na Capital.
Seis promotores de justiça de Dourados e de Campo Grande participaram da Operação, que investiga supostos crimes de fraude em licitação, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos, advocacia administrativa, além do crime conta a ordem financeira, notadamente em razão de fraudes em licitações e contratos públicos, praticados, em tese, durante a gestão da prefeita Délia Razuk (PR).
Além dos promotores a Operação Pregão contou com participação de agentes do Gecoc (Grupo Especializado no Combate à Corrupção) e policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar), DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira).
