Pular para o conteúdo
Política

Chega de funk: deputados aprovam lei que proíbe conteúdos eróticos nas escolas de MS

Deputados estaduais aprovaram a constitucionalidade do projeto de lei que proíbe a realização de danças que fazem menção à sexualização de crianças e adolescentes em escolas públicas e privadas, em sessão nesta quinta-feira (7). Autor do projeto, Capitão Contar (PSL) disse que apresentaria ofício ao líder do governo, Gerson Claro (PP), para saber motivos de […]
Arquivo -

Deputados estaduais aprovaram a constitucionalidade do projeto de lei que proíbe a realização de danças que fazem menção à sexualização de crianças e adolescentes em escolas públicas e privadas, em sessão nesta quinta-feira (7). Autor do projeto, (PSL) disse que apresentaria ofício ao líder do governo, Gerson Claro (PP), para saber motivos de votação contra, mas voltou atrás.

Para seguir à sanção do governador (PSDB), é preciso ainda passar pela votação de mérito. Foram 12 votos favoráveis e 6 contrários. 

O deputado Eduardo Rocha (MDB), vice-líder do governo na Casa de Leis, orientou a bancada a votar não ao projeto. “O deputado Gerson Claro, líder do governo, não está participando da sessão, mas ele me pediu para orientar os deputados da bancada a votarem não”. No ano passado, ainda na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), Claro foi contra a proposta alegando censura.

Todos os parlamentares que foram a favor, parabenizaram o autor do projeto. Segundo Antônio Vaz (Republicanos), “a proposta é muito importante. O que tem acontecido hoje nas escolas é pouca vergonha, ensinam certas coisas que não eram para crianças aprenderem”.

Evander Vendramini (PP) também foi favorável. “Esse tipo de projeto que precisamos para as escolas e crianças, que é receber educação. A erotização, liberdade dentro das escolas, é o que tem prejudicado a formação das crianças”.

Rinaldo Modesto (PSBD) afirmou que os professores são preparados e sabem definir o que deve ou não ensinar aos alunos. “O projeto permite prevenir, existem algumas músicas que excedem. Aprovando o projeto, vamos prevenir alguns que acabam por não ter boa educação ao fazer apologia. É um projeto de caráter preventivo”.

Censura

Renato Câmara (MDB) considera que a proibição acaba sendo censura. “O projeto pode ser instrumento que pode ser extrapolado na escola pelo diretor a usar essa proibição reprimindo ações culturais de vontade da comunidade. Isso é retrocesso, estamos voltando ao tempo de que não podia fazer isso ou aquilo. O projeto é diminuir nossa capacidade de discernimento do certo ou errado, vejo grande censura”.

Pedro Kemp (PT) foi contrário ao projeto de lei dizendo achar que existe onda conservadora muito forte que quer estabelecer série de proibições no campo da educação e cultura. “Eu não concordo com algumas falas que na escola existem poucas vergonhas, erotização de crianças. Eu tenho contato com escolas e educadores e não vejo isso, pode ter em uma ou outra, mas não é a realidade da grande maioria. Eu prefiro deixar a liberdade das escola, confio na educação dos educadores para dizer o que é adequado ou não na educação”.

Kemp comentou ainda ser um projeto complicado pois não se sabe o que vai ser definido como atividade cultural e erotização das crianças. “Por exemplo, a dança do ventre estimula a erotização, ou dança indígena quando as meninas ficam com bustiê, ou os menino com short. Projeto complicado”.

Requerimento

Contar falou que ia protocolar requerimento questionando Gerson Claro sobre os motivos da liderança do governo instruir os parlamentares a votarem não, mas foi ‘repreendido’ pelos colegas. 

Presidente da Casa de Leis, (PSDB), disse não ter o que se comentar a respeito de indução. “O projeto foi aprovado e cada deputado vota da maneira que achar melhor, é um direito que lhe assiste. Não precisa de ofício, todos temos que respeitar a decisão dos outros”.

Modesto afirmou que a proposta cabe emendas e pediu para Contar rever suas palavras. “Gostaria que o senhor fizesse análise e retirasse palavras sobre encaminhar ofício. É o parlamento e cada um vota da maneira que considera melhor”.

O bolsonarista voltou atrás. “Com humildade, acato orientação, mas acho que foi lamentável a orientação contrária quando aprova a constitucionalidade. Depois sento com Claro e tento entender os motivos, respeito como todos votam”.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Indígena é morto a facada durante briga no centro de Caarapó

STF decide reabrir investigação contra presidente do PL por golpe

Escalada de violência tem mais um ataque a tiros na região de fronteira

Dudu marca no final e dá empate para o Atlético-MG no jogo de ida da semifinal da Sul-Americana

Notícias mais lidas agora

Consórcio Guaicurus confessa erro e terá de pagar R$ 59,8 mil após condenação na Justiça

Prefeito barrou investigação de contratos suspeitos de fraude 2 meses antes de prisão em Terenos 

Justiça suspende mais de 200 ações de moradores contra fedor da JBS no Nova Campo Grande

VÍDEO: Com previsão de chuva de meteoros Orionídeas, Caracol registra fenômeno no céu

Últimas Notícias

Polícia

Polícia cumpre mandados contra casal por divulgação de vídeo de estupro

Investigação teve início após denúncia feita pela vítima

Esportes

Seleção feminina realiza primeiro treino para amistosos na Europa

Contra a Inglaterra no próximo sábado (25)

Polícia

Esfaqueado é salvo por policial militar e guardas municipais em Ponta Porã

Rapaz apresentava grave ferimento de faca no abdômen

Polícia

Gatos mortos e em condições de maus-tratos são encontrados em residência

Equipes do CCZ e a ONG Anjos de Rua foram ao local