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Política

Conselho de Ética pode cassar mandato de Trutis caso partido represente contra deputado

Investigado pela Polícia Federal por fingir atentado, Loester Trutis (PSL-MS) chegou a ser preso e corre risco de ter o mandato cassado.
Arquivo -

Investigado pela Polícia Federal por fingir atentado contra si, o (PSL-MS) pode ter o mandato cassado pelo Conselho de Ética da Câmara. Para isso, a comissão precisa ser provocada por representação de um partido político ou pela Mesa Diretora da Casa.

Trutis chegou a ser preso no último dia 12, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão. O parlamentar portava um fuzil de uso restrito.

Por enquanto, não existem representações contra o deputado sul-mato-grossense em trâmite na Mesa Diretora, conforme confirmou a assessoria da Câmara. Também não existem procedimentos instaurados no Conselho de Ética e Decoro, presidido pelo deputado maranhense Juscelino Filho (DEM).

A reportagem procurou colegas de bancada de Loester Trutis, que confirmaram a inércia de movimentações no sentido de representar contra ele ao conselho.

A cassação, porém, pode ser determinada pela Justiça. É o STF (Supremo Tribunal Federal) quem instrui o inquérito que implica o parlamentar nos crimes de porte ilegal de arma e comunicação falsa de crime.

Além disso, Trutis ganha tempo enquanto as comissões e conselhos da Câmara dos Deputados estão paralisados, em função das limitações causadas pela pandemia de novo coronavírus. Já corre na Casa um projeto de resolução para autorizar a retomada das reuniões por meio remoto. Mas o texto sequer foi pautado para votação.

Na semana passada, a direção nacional do PSL disse que não se pronunciaria sobre uma possível expulsão de Trutis da sigla, pois o caso não teria relação com a atividade parlamentar ou partidária do deputado.

Operação Tracker

As investigações da Polícia Federal acerca do suposto atentado sofrido por Trutis em fevereiro deste ano se voltaram contra o próprio parlamentar a partir de trabalhos periciais. Laudos balísticos, de exame de local e informações de georreferenciamento entraram em rota de colisão com o que alegava o deputado e seu ex-assessor, Ciro Nogueira Fidelis.

Assim, a PF concluiu que o atentado foi simulado por Trutis, de olho em dividendos políticos e eleitorais. O parlamentar é um entusiasta voraz da flexibilização do Estatuto do Desarmamento. A investigação identificou que ele sequer foi seguido no dia do suposto ataque à tiros.

Para a ministra Rosa Weber, que autorizou a abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da República, as provas obtidas até agora podem implicar Loester Trutis nos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, disparo de arma de fogo, dano e comunicação falsa de crime.

Além do deputado federal, foram alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos no âmbito da seu irmão, Alberto Carlos Gomes de Souza; seu ex-assessor, Ciro Nogueira Fidelis; bem como Jovani Batista da Silva.

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