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Política

Mães em cargos públicos: como as políticas de Mato Grosso do Sul conciliam a maternidade com o trabalho

Políticas de MS contam sua experiência entre dividir a vida política com a de mãe
Renata Volpe -
Políticas e mães
Simone Tebet, Tereza Cristina, Mara Caseiro e Adriane Lopes - Reprodução

Como deve ser conciliar a maternidade com o cargo público? No Dia das Mães, o Jornal Midiamax conversou com as principais políticas do Estado, para saber como foi criar os filhos enquanto exercem a função do cargo público.

Elas relatam sobre a extensa jornada, a necessidade de se fazer presente mesmo distante e os momentos que precisam se dedicar exclusivamente aos filhos, quando estão em casa.

Conheça a seguir, a história de quatro políticas de : Simone Tebet, Tereza Cristina, Mara Caseiro e Adriane Lopes.

Senadora e pré-candidata à Presidência da República

Simone com as filhas e o marido, secretário de Governo, Eduardo Rocha – Arquivo Pessoal

Única mulher pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB) tem duas filhas, as Marias. “Não foi fácil conciliar o papel de mãe, esposa, profissional, dona de casa, estudiosa. Procurei oferecer para minhas filhas qualidade do pouco tempo que tinha”.

Simone conta como fazia isso. “Sempre que estava em casa, abria mão da vida social, dos amigos, para poder me dedicar aos finais de semana, na hora do jantar, na hora de colocar para dormir”.

A pré-candidata a presidente diz ainda que a vida a levou para política, mas suas filhas a fizeram permanecer. “Pode parecer contraditório, mas ao mesmo tempo me permite construir um mundo melhor não só para minhas Marias, mas para todas as Marias do Brasil”.

Ex-ministra da Agricultura, deputada federal e pré-candidata ao Senado

Tereza Cristina, o marido Caio e os netos Antônio e Dudu – Arquivo Pessoal

Tereza Cristina (PP) marcou história como ministra da Agricultura entre 2019 e 2022. Ela tem dois filhos, Ana Luísa e Luiz Felipe e é avó de Antônio e Dudu.

Agrônoma de formação, Tereza relata que subia nos tratores, mesmo estando grávida. “Sou de um setor majoritariamente masculino, o agro. Mas isso nunca me desestimulou. Desde muito cedo convivi com as diferenças e mostrei o meu potencial por meio de muito trabalho. Lembro que ainda grávida, subia nos tratores e regulava as colhedeiras na fazenda”.

Segundo ela, ser mulher, mãe, avó e exercer um cargo público é um desafio. “Sempre é mais difícil para a mulher conciliar a vida profissional com a familiar e isso é mais notório ainda na vida pública. Nem sempre é possível fazer os programas que eu tanto gosto, como brincar com os netos”.

Para diminuir a saudade, a ex-ministra agradece à tecnologia. “Graças à tecnologia, podemos nos falar e nos ver quase todos os dias. Gosto de conversar com eles bem cedinho. Dando bom dia para o Antônio e o Dudu. Isso me dá ânimo para começar a agenda!”

Mesmo com cargo público tão notório, o papel de mãe ainda é exercido com alguns puxões de orelha, conta. “Como toda mãe, sempre ligo para saber como estão, matar a saudade e, às vezes, dar um puxãozinho de orelha”.

De prefeita a deputada estadual e pré-candidata à reeleição

A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) disputou a primeira eleição quando sua filha, , tinha apenas quatro anos. Foi eleita vereadora de , quando a menina tinha oito anos.

Mara Caseiro com os filhos Matheus e Maiara e o marido, Manoel – Arquivo Pessoal

Segundo a parlamentar, quando ela engravidou de Maiara, já trabalhava como cirurgiã dentista. “No início não é fácil conciliar ser mãe com ser profissional, mas com o tempo você vai vendo a importância da dedicação de mãe e também de estar construindo um futuro para aquele serzinho que depende de você”.

Além de Maiara, Mara também tem o filho Matheus. Inclusive, em 2000, quando foi candidata a prefeita de Eldorado, estava grávida dele. “Na pré-campanha estava gravidíssima. E quando sai para a campanha de fato, ele estava com apenas três meses de vida. E eu estava amamentando ainda”.

Sobre a maternidade, Mara fala que é um dom divino. “Eu não tenho dúvida que para nós mulheres a maternidade é dom divino e tem importância imensa de sabermos trabalhar com isso, de poder gerar uma vida, de dar a vida a um filho”.

A deputada comenta sobre a conciliação do trabalho com a vida de mãe. “Sabemos que não podemos nos curvar diante dos desafios da vida. A gente quer gerar essa vida e também quer trabalhar por um mundo melhor para nossos filhos e netos”.

Quando está com os filhos e os três netos, Mara se dedica exclusivamente a eles. “Nos momentos de ausência, tem que compensar dando carinho, amor, buscando a conciliação entre ser mãe e político, fazendo o melhor para seu filho, saber ouvir e na política também, com essa mesma dedicação”.

De vice à prefeita de Campo Grande

Empossada como prefeita de em 4 de abril deste ano, Adriane Lopes (Patriota) relata ser intenso cumprir o papel de mulher, mãe de família e profissional.

Adriane Lopes com os filhos, Bruno e Matheus, e o marido, deputado Lídio Lopes – Arquivo Pessoal

Mãe de dois filhos, Matheus, de 19 anos, e Bruno, de 14, Adriane conta que a vida profissional sempre foi movimentada.

Mas, segundo ela, depois que assumiu a prefeitura, as agendas estão mais extensas. “As agendas externas à noite e aos fins de semana limitam um pouco meu tempo em casa e com a família. Mas quando estou com eles, aproveito ao máximo. Na última semana curtimos o Show do juntos”.

Ela conta ao Jornal Midiamax como é a rotina em casa, com os filhos. “O mais velho acorda e vai sozinho para faculdade, ele cursa Direito, de manhã. Ele está um pouco mais independente. Já o Bruno, eu o acordo, preparo o café da manhã. Ele sai antes das 7h para a aula, aí vou me arrumar pra trabalhar”.

Entretanto, a rotina em casa de Adriane começa bem antes dos filhos acordarem. “Mas antes de tudo disso, eu tiro um tempo com Deus, converso com o marido, leio os jornais, defino o almoço e instruo quem me ajuda em casa”.

A prefeita diz ainda que gosta de ir fazer as compras de casa, e tenta encaixar isso na rotina intensa. “Deus tem me dado sabedoria extra para administrar todas as coisas. Lá em casa todos estão acostumados com a vida pública, então tem fluído bem”.

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