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Política

Autorizações de fretamento intermunicipal são prorrogadas após projeto sair de pauta na Alems

Após quatro retiradas de pauta da Assembleia, Agems prorrogou autorizações, que venceriam no dia 17 de agosto
Evelin Cáceres -
projeto
Sede da Agems (Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

A diretoria executiva da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de ) prorrogou as autorizações de fretamento para os transportes intermunicipais até o dia 31 de outubro, após o projeto que mudaria as regras para este tipo de transporte ser retirado quatro vezes de pauta da Legislativa. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (12).

De acordo com a deliberação, as autorizações venceriam no próximo dia 17 de agosto e há um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público pedindo adequações no serviço, que constariam no projeto de lei 192/2022, entre outras mudanças feitas pela Agems. No entanto, as empresas que trabalham com o transporte de passageiros não concordou com o projeto e solicitou maior discussão sobre o tema.

Na deliberação, a Agems justifica que não haverá tempo hábil para elaboração, realização de Audiência e/ou Consulta Pública, e de todos os atos necessários para validar os normativos. A Agência justifica que é papel dela a garantia da continuidade na prestação do serviço para prorrogar o prazo.

A decisão foi tomada em consonância com autocomposição judicial firmada entre o Estado de MS e o MPE/MS. Assinam pela deliberação Carlos Alberto de Assis, diretor-presidente da Agems; Iara Sônia Marchioretto, diretora de regulação e – saneamento básico e resíduos sólidos; Valter Almeida da Silva – diretor de regulação e fiscalização – gás canalizado, energia e mineração; Rejane Amorim Monteiro Mishima – diretora de inovação, relações institucionais e assuntos correlatos e Matias Gonsales Soares – diretor de regulação e fiscalização – transporte, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Projeto de fretamento

O projeto de lei 192/2022, sobre fretamento intermunicipal rodoviário, foi retirado de pauta pela 4ª vez na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na quinta-feira (11). Das outras vezes, foram feitos pedidos de vistas ao projeto. Da última, o presidente da Casa, deputado Paulo Corrêa, solicitou a retirada para rediscussão.

“Teve reunião ontem na Agems. Ao contrário do que vem sendo dito, estamos discutindo com calma, na mais perfeita ordem regimental”, comentou o parlamentar. “Haverá outra reunião dentro do Governo amanhã. Então, vamos transferir o projeto para terça-feira, para discutir na maior paz do mundo”, disse.

Isso porque os empresários apontam que o projeto é extenso e teria entrado em pauta para votação muito rapidamente. Retirado de pauta também na quarta, o projeto foi discutido à tarde na Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos).

José Gustavo, líder de políticas públicas da Buser, diz que o projeto, se aprovado, afetaria cerca de 80 mil passageiros. Ele ainda acredita que o texto reduz a concorrência no setor rodoviário, gerando aumento nos preços das passagens de ônibus.

“Até abril, a viagem de Corumbá a em ônibus convencional estava R$ 105,00 ida e R$ 130,00 volta. Pela empresa, o valor era R$ 99,90. Atualmente, o convencional já está em R$ 147,00 ida e 155,00 a volta. Então, a nossa intenção aqui hoje é manter a concorrência para o sul-mato-grossense e conversar para que esse projeto seja revisto”, disse Gustavo.

O projeto já foi votado em primeira discussão e aprovado por unanimidade. A Abrafrec (Associação Brasileira dos Fretadores Colaborativos) se manifestou contra o projeto de lei em nota técnica enviada aos deputados e afirma que, se aprovado, o texto pode causar a extinção de 3 mil vagas de trabalho relacionadas à atividade do fretamento.

De acordo com a entidade, o setor de transporte de passageiros gerou mais de 12 mil empregos no Mato Grosso do Sul em 2021 e o PL afetaria cerca de 80 mil passageiros. Eles ainda acreditam que o texto reduz a concorrência no setor rodoviário, gerando aumento nos preços das passagens de ônibus.

Outros pontos do projeto criticados pela Abrafec, são a definição do regime de autorização no sistema de transporte regular (ônibus de linha) e a imposição do circuito fechado, regra que limita a operação de empresas de tecnologia, como a Buser, que conecta passageiros a companhias de fretamento.

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