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Política

Após operação do Gaeco, vereadores abrem CPI para investigar Prefeitura de Sidrolândia

Comissão possui o prazo de 90 dias para investigar as denúncias apontadas pelo Gaeco
Gabriel Neves -
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O Enelvo Iradi Felini Junior será presidente da CPI. (Divulgação, Câmara de Sidrolândia)

A Câmara Municipal de votou pela abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que irá investigar membros do executivo, como a prefeita (PP). A votação ocorreu durante sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (27).

A instauração da comissão ocorre após o (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrar a segunda fase da Operação Tromper na cidade.

Ao todo, foram sete votos favoráveis e uma abstenção pela abertura da comissão, que terá o prazo de 90 dias para investigar as denúncias apontadas pelo Gaeco.

Confira os vereadores que votaram na sessão de hoje:

  • Enelvo Iradi Felini Junior (PSDB) – favorável
  • José Ademir Gabardo (PSDB) – favorável
  • Elieu da Silva Vaz (PSB) – favorável
  • Adavilton Brandão (MDB) – favorável
  • Izaqueu de Souza Diniz (Patriota) – favorável
  • Cristina Fiuza (MBD) – favorável
  • Cleyton Martins Teixeira (PSB) – favorável
  • Otacir Pereira Figueiredo (PP) – abstenção

Operação Tromper

O Gaeco cumpriu 9 mandados nesta sexta-feira (21) em Sidrolândia, na segunda fase da Operação Tromper. São 5 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva.

Midiamax confirmou a prisão de dois empresários e um servidor municipal. São eles Ueverton da Silva Macedo, que já foi candidato a vereador no município pelo PSD, também Roberto da Conceição Valençuela e o servidor Tiago Basso da Silva

Além disso, foram cumpridos mandados de busca na Prefeitura de Sidrolândia. A primeira fase da operação, conforme o Gaeco, identificou a organização criminosa formada pelas empresas que participavam das licitações.

Essas empresas chegaram a firmar contratos milionários com a Prefeitura de Sidrolândia. O grupo ainda fraudava licitações e desviava público, bem como fazia pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.

Ao Midiamax, o vereador Otacir Figueiredo (PP), presidente da Câmara, relatou que já pediu há mais de 30 dias informações sobre os contratos investigados, mas não teve retorno da prefeitura.

No dia da operação, o Midiamax também tentou contato com a prefeita Vanda Camilo (PP), mas não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Esquema de fraudes

O esquema de corrupção sobre licitações da Prefeitura de Sidrolândia envolve empresários da cidade, que fraudavam documentos das empresas concorrentes, para garantir que seriam as contratadas. Mesmo assim, sem estrutura, essas empresas terceirizavam os serviços pelos quais receberam milhões de reais do dinheiro público.

A investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ainda aponta a participação de ao menos quatro servidores públicos no esquema de fraudes.

Conforme a peça em que foram embasados os pedidos de prisão e de busca e apreensão, da primeira fase da Operação Tromper, o esquema de corrupção teria iniciado em 2017.

Desta forma, os empresários aproveitavam dos CNPJs para participar das licitações, mesmo sem qualquer tipo de experiência, estrutura ou capacidade para executarem os serviços ou fornecimento nos contratos firmados.

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