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Política

Após ouvir passageiros, confira quais são os próximos passos da CPI do Consórcio Guaicurus 

Usuários do transporte coletivo apontaram falhas no sistema de transporte, como superlotação e falta de ar-condicionado
Thalya Godoy -
transporte pcds acessibilidade
(Henrique Arakaki, Midiamax)

A audiência pública da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para ouvir os passageiros, na última quarta-feira (25), apontou o serviço precário prestado pelo Consórcio Guaicurus em . Superlotação, atrasos, calorão, falta de ar-condicionado, goteiras, frota velha, “ônibus fantasma”, aplicativos que não funcionam e elevadores quebrados foram algumas das queixas de quem usa ônibus na Capital. 

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Após essa etapa, ainda devem ser ouvidas cinco pessoas em oitivas. Na segunda-feira (30), haverá reunião fechada entre os vereadores da CPI. De acordo com o cronograma, para quarta-feira (2/7), estão previstas duas oitivas com especialistas. 

Às 13h, quem responde às perguntas dos vereadores é o professor sênior da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes.

Em seguida, participa da CPI Maria Lúcia Torrecilha, professora da UFMS (Universidade Federal de ) no curso de Arquitetura e Urbanismo da Faeng (Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia)/Campo Grande.

Política de Mobilidade Urbana

Audiência pública ouviu passageiros na Praça Ary Coelho. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

De acordo com o vereador Junior Coringa (MDB), que presidiu a audiência pública que ouviu os usuários, foram emitidos convites para três servidores públicos que possam prestar esclarecimentos sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2, o qual trata da política de mobilidade da Capital. 

Os ofícios foram encaminhados ao titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Marcelo Miglioli, à diretora-adjunta da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva, além de um representante da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano).

“[Para eles poderem] apresentar para a CPI a programação da mobilidade urbana. O que está acontecendo na cidade, a retomada das obras e essa questão dos corredores de ônibus, saber o que está acontecendo, por que está parada”, explicou. 

De acordo com o presidente do colegiado, vereador Dr. Lívio (União), ainda não há data confirmada para essa oitiva com os gestores, mas é possível que seja feita em 7 de julho. “Estamos confirmando com os convidados”, apontou. 

PAC Mobilidade

Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff (PT) fez a liberação de recursos do Ministério das Cidades para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) com foco na mobilidade urbana. Campo Grande pleiteava R$ 280 milhões para as melhorias no transporte público. 

No projeto, constava a construção de cinco terminais; reforma de sete terminais; construção de corredores de transporte coletivo; ciclovias; modernização do sistema de controle eletrônico; intervenções viárias; e para estações de pré-embarque. Já na época, os técnicos do Ministério das Cidades, apontavam que o transporte coletivo da Capital encontrava-se defasado em relação às tecnologias, e isso poderia impedir a escolha de Campo Grande no processo final da seleção.

Uma das principais promessas de época foi a construção do Terminal Tiradentes, na Avenida Ministro João Arinos com a Rua Coronel Cacildo Arantes. Como todos que passam por ali podem constatar, nunca saiu do papel.

Na região, foi construído o ponto de integração, na frente do colégio Hércules Maymone, que, com o passar do tempo, passou a receber um fluxo muito maior de passageiros do que recebia na sua inauguração e, hoje, é mais um terminal de transbordo.

Foi nessa mesma época que a Prefeitura de Campo Grande, na gestão de Nelson Trad Filho (então PMDB), resolveu romper o contrato com as empresas que faziam parte da Assetur, em setembro de 2011 — o contrato só deveria acabar em 2014. 

Constantino foge de CPI

Por enquanto, não há expectativa de que o sócio-proprietário do Consórcio Guaicurus responda às perguntas da CPI. Paulo Constantino chegou a ser intimado, mas apresentou atestado médico e fugiu de participar da investigação. 

Deliberação da comissão, na segunda-feira (23), descartou uma nova convocação de Constantino em breve. A possibilidade seria se a relatora da CPI, vereadora Ana Portela (PL), apontar a necessidade de uma convocação. 

Na mesma reunião, os vereadores aprovaram requerimentos para solicitar informações sobre todos os auditores concursados da Agetran e Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos) e sobre o PAC 2 Mobilidade. 

Inspeções locais

Outra atividade da CPI será a inspeção nos locais relacionados ao serviço de transporte público de Campo Grande, como Agereg, Agetran, garagens de ônibus, entre outros. “O cronograma será realizado pela vereadora Luiza Ribeiro [PT], mas não será divulgado”, explicou. 

Essas visitas surpresas teriam finalidade diferente das realizadas pelo vereadores Maicon Nogueira (PP), que esteve em algumas garagens e encontrou irregularidades, como documentos vencidos de alguns veículos. 

Relatório final em 15 de agosto

O recesso parlamentar na Câmara de Vereadores de Campo Grande vai começar em 16 de julho. Durante a pausa, não haverá audiências públicas, sessões ordinárias, extraordinárias e nem solenes. O recesso também pode afetar o andamento de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em andamento ou em tramitação para a instauração.

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A previsão de entrega do relatório final da CPI do Consórcio Guaicurus seria no dia 20 de julho, mas o recesso parlamentar deve interferir no calendário. Enquanto estão em recesso, os prazos são paralisados. Ou seja, a CPI pode entregar o relatório final em 15 agosto.

A pausa encerra-se em uma quinta-feira, em 31 de julho, dia de sessão ordinária. Contudo, a primeira sessão do segundo semestre será na terça-feira seguinte, em 5 de agosto. 

Neste período, de 16 a 31 de julho, a Câmara de Vereadores estará aberta para trabalhos administrativos e nos gabinetes. 

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