Os vereadores que compõem a bancada do PL (Partido Liberal) em Campo Grande comentaram o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro iniciado nesta terça-feira, 02/09.
André Salineiro, Rafael Tavares e Ana Portela rechaçam o líder bolsonarista no banco dos réus, sob acusação de tentativa de golpe de Estado, ao lado de outros sete investigados.
“Uma armadilha que o nosso sistema judiciário preparou para o Bolsonaro, ele mesmo já sabia disso; então, é esperado”, definiu Salineiro.
Já para Tavares, trata-se de um julgamento de cartas marcadas. “Sabemos que é uma perseguição clara e vamos seguir apoiando [Bolsonaro]”, disse, ao criticar a manifestação de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que, segundo o parlamentar, estariam comentando eventuais resultados do julgamento.
Na visão de Ana Portela, Bolsonaro, diante da Primeira Turma de ministros do STF, sob acusação de violar as bases do Estado Democrático de Direito, é, na verdade, “um projeto de vingança”. “Apenas podemos crer que a justiça divina não falha”, disse a correligionária.
Bolsonaro entre os réus
Jair Bolsonaro, 38° presidente da República do Brasil, enfrenta a partir desta terça-feira, 02/09, o julgamento da 1ª Turma do STF.
Ele e outros sete acusados nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 serão julgados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Somente o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal, conseguiu benefício de suspensão de parte das acusações, respondendo, assim, a três dos cinco crimes. A regra é garantida na Constituição.
Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Além de Bolsonaro e Ramagem, integram o banco dos réus:
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O julgamento pode levar para a prisão o ex-presidente da República e generais do Exército, pela acusação de golpe de Estado. A medida é inédita, desde a redemocratização do país.
A 1ª Turma é composta por Alexandre de Moraes, que é o relator do caso; Cristiano Zanin; Flávio Dino; Luiz Fux; e Cármen Lúcia. Foram reservadas cinco sessões para o julgamento, que ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)