A Câmara de Vereadores de Terenos quebrou o silêncio sobre a ação policial que movimentou a cidade nesta semana. O Gaeco e o Gecoc deflagraram a Operação Spotless, levando para a cadeia o prefeito Henrique Budke (PSDB) e outras 15 pessoas. Mais de 50 locais foram ‘revirados’ pelos agentes em busca de novas provas para o esquema de fraude em contratos na Secretaria de Obras do Município, já investigado desde o ano passado.
Em coletiva nesta sexta-feira (12), o presidente da Casa de Leis Leandro Caramalac (PSD) se esquivou de comentar a prisão, mas recomendou ao vice-prefeito que assume o comando da cidade também nesta sexta, para que suspenda todos os repasses às empresas investigadas.
“Não cabe falar do prefeito Henrique, mas sim empossar o vice para dar andamento na cidade”, disse.
O ato que oficializa a posse do vice-prefeito, Dr. Arlindo, ocorrerá às 10h.
A Casa de Leis ainda afirmou que irá revogar atos que autorizaram linhas de crédito à gestão.
Durante a coletiva, o presidente justificou que na primeira fase da ação, deflagrada em agosto de 2024 com a Operação Velatus, não havia menção ao nome de Bundke. Ele ainda afirmou que se tratava de uma operação em período eleitoral, onde a maioria dos atuais parlamentares não seriam vereadores ainda.
“A câmara fiscalizou os contratos. R$ 15 milhões aplicados em obras, foram entregues. Não teve superfaturamento de obra, não menciona que obra não foi entregue. Descobrimos propina depois da operação. Nenhum vereador consegue mensurar isso porque está dentro dos valores aplicados. Não houve superfaturamento de obras”, afirmou o parlamentar aos jornalistas.
Por fim, Caramalac afirmou que diante da ação policial que revelou articulada organização criminosa na gestão municipal de Terenos, “não existe e nem poderá existir palanque político”.
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(Revisão: Bianca Iglesias)
