A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) voltou a negar que tenha agredido as partes íntimas do colega de parlamento Nikolas Ferreira (PL-MG). Nesta sexta-feira (15), a petista disse que após o episódio de repercussão nacional, “ficou o recado para que a gente volte a recuperar a essência na política e que o parlamento seja espaço para grandes debates”.
Camila explicou que não foi notificada pela Corregedoria da Câmara dos Deputados porque a denúncia contra ela não foi protocolada pela Mesa Diretora, como ocorreu com o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) e outros parlamentares acusados de obstrução dos trabalhos legislativos.
“A minha denúncia não foi apresentada pela mesa, foi pelo PL. Mas nós estamos tranquilos. Eu fui acusada pelo deputado Nikolas de agredi-lo nas partes íntimas. Nós já provamos que isso não aconteceu. Nós seguimos firmes na luta. Naquela semana nós deveríamos estar debatendo como salvar os empregos da população. A gente está agora nessa semana discutindo como evitar a utilização de crianças nas redes sociais, a exploração sexual. Sigo tranquila porque as provas estão aí”, disse Camila Jara.
Na noite conflituosa que marcou a retomada dos trabalhos do presidente Hugo Motta (Republicanos) na Câmara Federal, Camila foi flagrada supostamente empurrando e agredindo Nikolas Ferreira. As imagens viralizaram e foram usadas por deputados oposicionistas para acusarem a parlamentar sul-mato-grossense de violência.
O PL então ingressou com denúncia contra Jara na Corregedoria da Casa de Leis, implicando a deputada em processo que pode imputar suspensão do mandato por seis meses.
Além dela, outros 14 deputados — incluindo Marcos Pollon (PL-MS) — também são alvo de representação, que vão de suspensão a cassação de mandatos. Contudo, o caso do grupo foi deliberado pela Mesa Diretora da Câmara, cuja lista de parlamentares foi divulgada sem a menção da deputada petista. Veja abaixo.
Na quarta-feira, 13, o corregedor da Casa Baixa, Diego Coronel (PSD-BA), notificou a defesa dos 14 parlamentares mencionados no ‘motim’ que impediu os trabalhos legislativo por cerca de 30 horas. Agora, o prazo de manifestação é de 5 dias úteis. Conforme regimento, a Corregedoria tem 45 dias para análise das defesas e posteriormente deliberação sobre as eventuais punições atribuídas aos parlamentares.
Estão na lista denunciada pela Mesa Diretora da Câmara Federal os parlamentares:
- Marcos Pollon (PL-MS);
- Zé Trovão (PL-SC);
- Júlia Zanatta (PL-SC);
- Marcel van Hattem (Novo-RS);
- Paulo Bilynskyj (PL-SP);
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Nikolas Ferreira (PL-MG);
- Zucco (PL-RS);
- Allan Garcês (PP-TO);
- Caroline de Toni (PL-SC);
- Marco Feliciano (PL-SP);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Domingos Sávio (PL-MG); e
- Carlos Jordy (PL-RJ).
Os deputados bolsonaristas inviabilizaram as atividades na Câmara dos Deputados como uma forma de pressionar a votação do projeto da Anistia, que prevê inocentar a todos os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.
A movimentação aumentou após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passar a cumprir prisão domiciliar por desobedecer às medidas cautelares e usar as redes sociais de terceiros, como dos filhos e de apoiadores, para participar virtualmente das manifestações em 5 de agosto, incluindo em Dourados.
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