O Governo de Mato Grosso do Sul prevê uma economia de, no mínimo, R$ 650 milhões até o fim do ano. As economias são estimadas a partir de contenção de gastos anunciada pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) e formalizadas em decreto nesta terça-feira (5).
Ao Jornal Midiamax, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, revelou que a economia pode ultrapassar os R$ 650 milhões previstos. “A gente vai tentar buscar mais do que isso, mas o nosso número mínimo que a gente trata aqui dentro do Estado como objetivo são R$ 650 milhões”, explicou sobre a meta do Governo de MS.
Perez exemplificou que os ajustes poderão acontecer por meio de aditivos. “Parece que isso é contra o decreto, mas ao mesmo tempo estou economizando um outro contrato de R$ 2 milhões. Ou seja, eu estou tendo um ganho líquido R$ 1,6 milhão”, disse sobre a possibilidade de um aditivo de R$ 400 mil.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
Planejamento estratégico
O secretário ressaltou que as medidas de contenção integram o planejamento estratégico do Executivo do Estado. “O plano estratégico do Governo é muito focado na capacidade de investimentos. […] É o primeiro ou o segundo, estamos sempre brigando ali entre os três primeiros estados, a federação que mais investe em relação à sua receita corrente líquida”, lembrou.
Assim, pontou que as medidas oportunizam a “capacidade de continuar sendo referência em capacidade de investimento. Porque isso faz com que o Estado tenha um atrativo diferenciado dos demais. E quando você tem capacidade de investimento, você acaba trazendo o capital privado”, disse o secretário.
O investimento privado gera empregos e renda no Estado. “Você pode perceber que o decreto, ele é focado em redução de despesas de custeio, que aquele custo que a gente tem que olhar todo dia e tentar oportunizar algo melhor ou mais barato para que a gente possa ser cada vez mais eficiente”, pontou.
CONFIRA – O que diz o decreto de contenção de gastos do Estado de MS?
Prazo dos cortes
Para isso, as secretarias do Governo de MS terão 10 dias para entregar orientar o plano de reprogramação dos gastos. A Secretaria de Fazenda será responsável pelo documento. “E é esse plano de reprogramação orçamentária financeira de cada uma dessas unidades que está sendo agora trabalhado pelos secretários para que eles e a Secretaria de Fazenda para que a gente possa ter esse ajuste, que chega nessa nossa meta mínima de R$ 650 milhões”.
Os cortes devem atingir diversos setores, desde limpeza até TI. No entanto, Perez apontou que os ajustes nos contratos de limpeza serão baixos. “Porque hoje os contratos já são bem de limpeza, talvez um pouco mais de tecnologia, porque são projetos que às vezes estão em andamento que eu posso repriorizar ele pro próximo período”, detalhou.
Riscos legais e transparência
Questionado se a redução dos gastos em 25% dos contratos já firmados corre riscos fiscais, Perez garantiu que não há preocupação. “De maneira alguma, todos são legalmente e a gente está 100% coberto de tudo que a gente está fazendo”.
Ademais, reforçou que “todos os secretários assinaram o decreto. Eu acho que foi o primeiro decreto que foi assinado por todos os secretários”.
As medidas são temporárias e com previsão de revisão, condicionada ao alcance dos objetivos impostos pelo Governo. Ou seja, se houver sucesso das medidas e/ou aumento da arrecadação, poderão ser revistas.
Por fim, o secretário contou que a transparência dos gastos e de economia já está prevista em lei. “Garantida no Portal da Transparência”, finalizou.
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.