O vereador Beto Avelar (PP) acredita que o Consórcio Guaicurus está utilizando a paralisação como ‘massa de manobra’. Apesar de a empresa ter contrato de R$ 3,4 bilhões, deixou de pagar o vale dos motoristas que realizaram uma paralisação nesta manhã de quarta-feira (22).
“Esse é o modos operandi do Consórcio Guaicurus. A partir do momento em que não consegue o que quer, ele utiliza todos como massa de manobra. Usa os sindicatos e até os próprios funcionários da empresa. Estamos cansados”, disse Beto Avelar.
Recentemente, os empresários do ônibus já haviam anunciado ameaçar acabar com os contratos de vale transporte com empresas públicas e privadas se continuarem recebendo penalidades de forma ‘indiscriminada’, como chamam.
Agora, após confessar erro, o Consórcio Guaicurus perdeu ação para se livrar de multas por irregularidades no transporte coletivo de Campo Grande. Dessa vez, a Justiça negou pedido e mandou a empresa pagar o valor atualizado total de R$ 59,8 mil, além das custas processuais, que ainda serão levantadas pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Apesar de ter receita de R$ 1,8 bilhão, o Consórcio Guaicurus insiste que as multas aplicadas pela Agetran podem comprometer o caixa da empresa. No entanto, os empresários do ônibus bancam time de advogados para lutar pelas suas causas — mais dinheiro público.
POSSÍVEL PARALISAÇÃO GERAL
O presidente do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, informou que a paralisação dos ônibus, na manhã de hoje, aconteceu em forma de protesto para pressionar o Consórcio Guaicurus a realizar o pagamento do adiantamento de salário. A categoria pode paralisar totalmente na próxima segunda-feira (27).
A paralisação desta manhã terminou por volta das 6h30, com a retomada gradual dos coletivos. Segundo Demétrio, a expectativa é de diálogo com a administração do consórcio sobre uma previsão do pagamento do vale, que estava previsto para a última segunda-feira (20).
“Hoje não será [paralisação] o dia inteiro. Era um protesto, um movimento, para pressionar o Consórcio Guaicurus a efetuar o pagamento do vale o mais rápido possível. Caso não aconteça, aí, sim, a gente vai deliberar, fazer uma assembleia para uma paralisação total. Aí, sim, seria o dia inteiro”, descreve.
MANHÃ DE ATRASOS
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus, por e-mail e WhatsApp, no entanto, não houve retorno até a publicação deste material. O espaço segue aberto para um posicionamento.
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