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Política

‘Coragem de poucos’, diz Rodolfo Nogueira sobre voto de Fux ‘contra’ corte

Ministro votou contra as medidas cautelares impostas a Bolsonaro, divergindo dos 'colegas de corte'
Anna Gomes -
Deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). (Foto: divulgação/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como ‘O Gordinho do ‘, elogiou o voto do ministro Luiz Fux nesta segunda-feira (21). O magistrado votou contra as medidas cautelares impostas ao Jair Messias Bolsonaro, indo contra os ‘colegas de corte’ que votaram a favor durante o julgamento que aconteceu no plenário virtual do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Enquanto a escuridão avança sobre o Brasil, uma luz se acende. O ministro Luiz Fux, com coragem e respeito à Constituição, rompeu o silêncio e se posicionou contra os abusos, em defesa da liberdade. Em tempos de omissão, a verdade ainda encontra refúgio na coragem de poucos. Que esse voto seja o primeiro sinal de que ainda há esperança e que nem tudo está perdido”, disse o deputado.

Com o voto contrário, Fux abriu divergência no julgamento da Primeira Turma sobre a decisão do ministro , que impôs ao ex-presidente o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares no inquérito que apura possível atentado à soberania nacional.

Último a se manifestar no julgamento, que ocorreu em plenário virtual até as 23h59 (horário de ) desta segunda-feira (21), Fux votou contra a manutenção das medidas, contrariando o entendimento já consolidado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que acompanharam o relator.

Com maioria formada, o posicionamento de Fux não altera o resultado final do julgamento.

Em seu voto, o ministro argumentou que, neste momento, as medidas cautelares não se mostram necessárias e acabam por impor restrições excessivas a direitos fundamentais do ex-presidente, como a liberdade de locomoção, de expressão e de comunicação.

Segundo ele, não houve demonstração concreta, contemporânea e individualizada que justifique legalmente a adoção das medidas.

“Verifico que a amplitude das medidas impostas restringe desproporcionalmente direitos fundamentais […] sem que tenha havido a demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares”, escreveu Fux, destacando ainda que, mesmo quando não se trata de prisão, é imprescindível comprovar a necessidade das cautelares para a aplicação da lei penal e sua adequação aos fins perseguidos pela investigação.

Operação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, na sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Bolsonaro foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi até a superintendência da PF em Brasília com carro próprio para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições severas, incluindo:

  • proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;
  • recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos fins de semana;
  • proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
  • impedimento de acesso a redes sociais;
  • restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.

A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro, em Brasília e no , além da sede do PL.

As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.

Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga.

As medidas fazem parte da PET nº 14129, em andamento no Supremo Tribunal Federal.

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