A eventual divisão interna no MDB em Mato Grosso do Sul não obrigaria o diretório nacional a intervir na executiva estadual caso a ministra do Planejamento, Simone Tebet, encontrasse pouco apoio para voltar a disputar o Senado Federal. A avaliação foi feita pelo vereador Jamal Salem, em Campo Grande, nesta terça-feira (30).
“A [Direção] Nacional não iria interferir nas decisões aqui do Estado. Quem é mais de direita fica de um lado, e se a Simone vir como candidata ao Senado, pode ter os apoiadores mais à esquerda, já que ela é ministra do [presidente] Lula. Ela tem espaço na sigla, sim”, disse o parlamentar ao Jornal Midiamax.
Parte da legenda não vê com bons olhos o plano de colocar a ministra na disputa pelo Senado, já que ela é membro do gabinete presidencial de Lula e o MDB em Mato Grosso do Sul se encaminha para apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP), que, por sua vez, é alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de o PT ter como cotado nessa corrida o deputado federal Vander Loubet, a vereadora Luiza Ribeiro avalia que Simone teria espaço para concorrer na legenda caso ela desista do MDB.
“O PT já tem o nome para o Senado, que é o do Vander, mas a Simone é a nossa companheira também. Se ela vier para o partido, levaremos dois nomes para concorrer ao Senado. Seria uma felicidade muito grande caso ela venha”, afirmou Luiza.
Simone ainda é citada como eventual postulante ao Senado por São Paulo. A ministra já havia mencionado que Lula pediu para ela avaliar a possibilidade de concorrer por Mato Grosso do Sul.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)
