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Política

‘Espero que o Senado tenha mais juízo’, diz deputado sobre PEC da Blindagem

A PEC foi aprovada pela Câmara Federal e dificulta o andamento de processos criminais contra deputados e senadores
Anna Gomes, Renata Volpe -
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Deputado Júnior Mochi. (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

O deputado estadual Junior Mochi, do MDB, disse estar indignado com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que dificulta o andamento de processos criminais contra deputados e senadores. O emedebista foi aplaudido pela bancada petista da (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

“Eu vou manifestar o meu sentimento de indignação com a aprovação dessa PEC da Blindagem aprovada pela Câmara Federal. É um absurdo, é um retrocesso o que esse país tem que enfrentar. Eu manifesto aqui a minha indignação. Espero que o Senado Federal tenha um pouco mais de juízo e pense no Brasil como um todo rejeitando essa PEC aprovada pela Câmara Federal”, disse Mocchi.

A Proposta foi aprovada na noite desta terça-feira (16) pelo plenário da Câmara dos Deputados, em , em dois turnos de votação. O texto-base, que dependia de 308 votos para avançar, entre 513 deputados, foi aprovado por 353 parlamentares, em votação de primeiro turno. Outros 134 deputados votaram contra o projeto, e houve uma abstenção.

No segundo turno, por volta das 23h30, cerca de duas horas depois da primeira votação, a PEC passou com o voto favorável de 344 deputados. Houve 133 votos contrários. Um requerimento para dispensar o intervalo de cinco sessões entre uma votação e outra foi aprovado por ampla margem para permitir o avanço da matéria.

A PEC determina que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Além disso, a proposta concede foro no STF (Supremo Tribunal Federal) para presidentes de partidos com assentos no Parlamento.

Todos os destaques para mudar o texto, incluindo a exclusão do foro privilegiado para presidentes partidários, foram rejeitados em plenário. Após o fim da votação em segundo turno, deputados seguiram discutindo destaques para excluir pontos do texto.

A chamada PEC da Blindagem (PEC 3 de 2021), ou PEC das Prerrogativas, foi articulada pela maioria dos líderes da Câmara com o apoio da oposição liderada pelo Partido Liberal (PL).

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) orientou voto contrário, mas 12 deputados da legenda votaram a favor em primeiro turno. Também houve apoio à PEC entre deputados de outros partidos da base, como PSB, PSD e PDT. Além disso, bancadas governistas, como lideranças de Governo e da Maioria, liberaram seus votos em plenário.

Tramitação difícil

Agora, a PEC será enviada ao Senado. Se avançar entre os senadores, processos judiciais, seja por desvio de emendas parlamentares ou outros crimes, só poderão ser julgados no STF com autorização dos parlamentares. Apesar disso, deve enfrentar resistência na Casa revisora. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), demonstrou indignação com a iniciativa.

“A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, declarou em postagem nas redes sociais. Caberá à CCJ, presidida por Alencar, analisar tanto admissibilidade da PEC quanto seu mérito. Se for levado ao plenário, o texto precisará do voto de 49 entre 81 senadores.

O que foi aprovado

O texto aprovado na Câmara é um substitutivo relatado pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA), que deu parecer favorável ao projeto.

A proposta permite que deputados e senadores barrem a prisão de colegas, em votação secreta. Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do STF (Supremo Tribunal Federal) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente.

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(Revisão: Bianca Iglesias)

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