O candidato à presidência do diretório nacional do PT, deputado federal Rui Falcão, defendeu a polarização e afastamento do Centrão. Em campanha em Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (26), o candidato cobrou a presença do PT nas ruas e diálogo com a população.
“A direita tomou as ruas da gente, vai ficar assim? Acho que não, tem direito. Nós também temos que ter direito e batalhar para ocupar as ruas e estar presente junto com a população”, afirmou durante coletiva.
Para retomar o diálogo com a população, o candidato disse que o PT precisa “sair das garras do Centrão. Estamos cercados por fora e minados por dentro”.
Então, disse que “para ganhar eleição, para fazer reeleição do Lula — que é nosso projeto principal agora — você tem que fazer uma campanha quente, dar nome aos bois também”. Por isso, defende a polarização política para o próximo ano.
“Nada de acabar com a polarização, a polarização ela existe e está polarizada contra nós. Se você baixar a guarda, eles vão avançar mais”, alertou.
Rui é apoiado pela Chapa Campo Popular para Diretório Nacional. Em âmbito estadual, o deputado federal Vander Loubet apoia o candidato a nacional, junto ao diretório MT-MS em Movimento. O grupo estadual e nacional conta com apoio municipal em Campo Grande de Pedro Kemp, que concorre a presidente do diretório municipal e tem apoio da chapa Unidade na Luta.
Corrupção
Com a aprovação de instauração da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar descontos ilegais nas folhas de benefício de segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o deputado comentou sobre corrupção dentro dos partidos e governos.
“Nosso governo agora tem aperfeiçoado todos os mecanismos de controle, a corregedoria, defensoria, vários organismos hoje que fiscalizam em tempo real inclusive”, defendeu a gestão Lula.
Para Rui, “o que há de denúncia de corrupção é de outros partidos, incluindo o governo anterior”. Neste sentido, defendeu a prisão de investigados da gestão de Jair Bolsonaro (PL). “Muita gente espero que vá para cadeia, não só por corrupção, que é tramoia para assassinar o presidente, vice-presidente e ministro do Supremo”, disse.
Por fim, o candidato se adiantou que afirmou que todos os grupos estão passíveis de corrupção. “Toda organização partidária, religiosa, está sujeita a desvio de conduta. As pessoas não são perfeitas, não são santas. Não vão dizer que não possa, amanhã ou depois, aparecer num dado momento a corrupção no nosso partido, será banida se eu tiver qualquer tipo de autoridade no PT”.
Então, lembrou de quando presidiu a legenda entre 2011 e 2017. “Mesmo durante o período que estive no comando do PT, não teve nenhum caso que não teve apuração. Isso compromete o partido”.
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Aprovação do aumento de deputados
Rui comentou sobre a aprovação no Senado para aumento de número de deputados. Agora, o Projeto de Lei Complementar que aumenta de 513 para 531 as cadeiras de deputados federais dos 26 Estados e o Distrito Federal segue para Câmara.
“Liberaram a nossa bancada, teve gente que ‘ah o meu estado vai perder’ e votou a favor”, disse sobre os senadores.
Ademais, comentou sobre voto pessoal em matéria que visa diminuir os impactos do aumento. “Votei a favor ontem o mal menor, que é o seguinte: aumenta o número, mas não vai aumentar a despesa”.
Apesar do voto, o deputado não acredita em resultados práticos. “Não vai acontecer, vai reduzir salário, não vai ter funcionário os deputados. Isso eu chamo de engana trouxa. Na verdade, vai aumentar, foi pressão do Hugo Motta, compromisso para os Estados deles”, afirmou.
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