Pular para o conteúdo
Política

‘Fux gravou seu nome nos anais da Justiça brasileira’, avalia Ovando após voto de 14h

Ovando considera que o voto do ministro abre oportunidade para reafirmar princípios democráticos
Vinicios Araujo -
Deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP). (Divulgação)

Para o deputado federal Luiz Ovando, do PL, o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que deu parecer pela absolvição de Jair Bolsonaro (PL) no julgamento do e outros sete acusados de tentativa de de Estado, deixará uma marca histórica no país.

O parlamentar considera que “Fux gravou o seu nome nos anais da Justiça brasileira” e que o voto reforça que a Justiça precisa ser imparcial, firme e baseada na Constituição.

“A decisão de rejeitar acusações infundadas contra o presidente Bolsonaro é um alerta de que a toga deve servir à lei e à verdade, não a interesses de poder”, disse em postagem nas redes sociais.

Ovando considera que o voto do ministro, que contraria o posicionamento do relator, ministro Alexandre de Moraes, abre oportunidade para reafirmar princípios democráticos.

“É um momento para reafirmar que nossa democracia só se fortalece quando a Justiça respeita seus princípios e garante que o povo seja protegido de decisões arbitrárias”, destacou o deputado sul-mato-grossense.

Fux vota pela absolvição de Bolsonaro e mais cinco réus

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou na quarta-feira (10) pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros cinco réus de todas as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que apura uma suposta trama golpista.

A manifestação ocorreu durante o julgamento da denúncia que analisa os atos que resultaram nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

Em seu voto, Fux também se posicionou pela absolvição completa do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ); do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno; e do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Para o ex-ministro Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, o voto de Fux foi pela condenação parcial, apenas pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, com absolvição das outras quatro acusações feitas pela PGR.

A análise de Fux divergiu da abordagem do relator, Alexandre de Moraes, e do ministro Flávio Dino, ao examinar de forma separada a conduta de cada réu e cada um dos crimes imputados. A PGR, na denúncia assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, defende que os atos sejam analisados em conjunto.

Para o crime de organização criminosa armada, o ministro absolveu todos os réus, argumentando que o planejamento de ações por um grupo não configura o delito e que não houve comprovação do uso de armas pelos acusados. Em relação aos crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, Fux entendeu que a PGR não apresentou provas da atuação direta dos réus nos atos de 8 de janeiro.

Sobre as acusações de Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado, o ministro considerou que o primeiro crime absorve o segundo, o que impediria uma dupla punição pela mesma conduta.

No caso específico de Bolsonaro, Fux afirmou que os crimes pressupõem a deposição de um governo, o que, no contexto, configuraria um “autogolpe”, uma vez que ele era o presidente em exercício.

O ministro classificou a “minuta do golpe” como uma “carta de lamentações” sem força executória.

Durante o voto, Fux também acolheu a maioria das questões preliminares apresentadas pelas defesas, divergindo novamente de Moraes. Ele criticou o que chamou de “tsunami de dados” no processo, alegando que o curto prazo para análise das provas configurou cerceamento de defesa.

O ministro também se posicionou pela incompetência do STF para julgar a maioria dos réus, que não possuem foro por prerrogativa de função.

Apesar de ter manifestado “reserva” em abril, Fux votou pela manutenção do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, formando maioria para a validação da delação.

O julgamento ainda contará com o voto da ministra Cármen Lúcia nesta quinta-feira, 11. Caso ela acompanhe os votos de Moraes e Dino, a maioria para a condenação dos réus será formada, e o voto de Fux ficará isolado. O último a votar será o ministro Cristiano Zanin.

💬 Receba notícias antes de todo mundo

Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Sônia Tissiani e sua sobrinha Silvia Roberta - (Foto: Julia Rodrigues)

‘Jogo fantástico’, opina Vovó do Crossfit sobre final femina da Supercopa de Vôlei

Do RJ e de Corumbá, influencers vibram pela Supercopa Feminina em Campo Grande

Matheus Martins foi uniformizado para assistir final feminina da Supercopa no Guanandizão - (Foto: Julia Rodrigues)

Fã do Osasco foi ao Guanandizão ver Camila Brait antes da jogadora se aposentar

Cruzeiro vence Fortaleza e segue na cola dos líderes do Brasileirão

Notícias mais lidas agora

Sesi Bauru e Osasco São Cristóvão disputaram final feminina da Supercopa de Vôlei no Guanandizão

Osasco vence Supercopa de Vôlei por 3 sets a 0 contra Sesi Bauru no Guanandizão

presidentes funesp e federação de volei supercopa

‘Que seja a 1ª de muitas’: presidentes da Funesp e da Federação de Vôlei celebram Supercopa em Campo Grande

Medalhistas olímpicos na quadra e na tribuna: Yeltsin comemora final da Supercopa na Capital

Professor de "La Casa de Papel" e Homens-Aranhas na Supercopa - (Foto: Julia Rodrigues)

Dois homens-aranha e professor de La Casa de Papel roubam a cena no Guanandizão durante a Supercopa de Vôlei

Últimas Notícias

Esportes

Técnico do Osasco, campeão da Supercopa, agradece Campo Grande: ‘dias maravilhosos’

Treinador da equipe de vôlei feminino do Osasco Voleibol Clube e é um dos maiores nomes da história do clube.

Esportes

Vice-campeã olímpica, Camila Brait comemora vencer a última Supercopa em Campo Grande

Brait é vice-campeã olímpica e tem 36 anos

MidiaMAIS

‘Realizadíssima’ e muito fã de vôlei, mãe leva filha de 3 meses para não perder final da Supercopa no Guanandizão

"Tô amando Campo Grande, no interior eu nunca ia ter acesso a um jogo desse", afirmou Mariane

Esportes

Ovacionada, Tifanny Abreu comemora início de temporada com vitória em Campo Grande

'Precisamos de um time forte e é esse o time que estamos projetando', disse