A deputada Gleice Jane (PT) tem um posicionamento pessoal inclinado à saída da base de sustentação do governo de Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa. Para a parlamentar, saída deve ser imediata e esforços do partido devem se voltar a um trabalho “muito mais vinculado com o povo, com a população, que é um trabalho que a gente não vê o governo fazer”.
A professora douradense destacou que o tema deve ser levado ao colegiado do partido após a posse da nova diretoria, que teve eleição definida em julho. Pedro Kemp e Vander Loubet foram escolhidos pela maioria dos militantes do partido para liderarem os diretórios municipal e estadual, respectivamente.
“O PT passou por um processo eleitoral interno onde essas discussões foram feitas. O presidente novo do partido assume agora no início do próximo mês e o que havia sido acordado é que após esse processo seriam feitas as plenárias internas do partido, então a gente espera, eu acredito que mais uns dois meses, a gente deva ter alguma resposta”, destacou.
Fabio Trad na legenda
Gleice Jane é otimista com a eventual filiação de Fabio Trad no Partido dos Trabalhadores. O ex-deputado federal deixou as trincheiras do PSD, partido historicamente liderado por sua família em Mato Grosso do Sul, sob justificativa da legenda estar se inclinando ao espectro da direita política.
“Acho que o Fabio tem feito um papel importante, inclusive de oposição ao governo do Estado. Então, sempre teve um lado na política, mesmo em partidos diferentes, mas sempre teve um lado na política, um lado muito progressista”, disse. Segundo a parlamentar, as articulações para chegada de Trad ao PT tem ganhado força internamente, mas reconhece que esse movimento depende da decisão do próprio advogado.
Gleice sinalizou que uma das condições para o ex-deputado bater o martelo seria a saída do PT da base do Governo.
“Acredito que sair do governo é uma condição para que ele venha também, porque ele tem feito essa oposição. Então acho que nos próximos meses teremos novidades”, disse.
Simone ou Vander para o senado?
Em relação ao desafio do PT em Mato Grosso do Sul para ampliar a representatividade de Lula no Senado a partir das eleições de 2026, Gleice reiterou que o nome regional do partido é o do deputado federal Vander Loubet, mesmo com as ventilações em torno do prestígio pessoal do presidente à potencial candidatura de Simone Tebet, ainda filiada ao MDB.
“Na verdade, não existe uma conversa direta com o Lula ainda sobre isso. O que existe são as especulações aqui no Estado em relação a um possível desejo do Lula de ter Simone. O que o Lula precisa é de ter um Senado muito forte o ano que vem. Isso é fato. Essa é uma discussão que a gente ainda vai fazer e vamos ter que aprofundar isso internamente dentro do partido e também com a Simone, se o Lula apresentar isso realmente como uma condição. Por enquanto, nós ainda não temos isso oficial para poder dizer, olha, temos essa proposta, a gente vai ou não vai”, destacou ao Midiamax.
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