O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é visto pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), como uma ‘situação delicada’. Contudo, nesta sexta-feira (12), a gestora destacou que “haverá recursos” na ação que julgou o ex-presidente e outros no STF (Supremo Tribunal Federal).
A prefeita de Campo Grande deu a declaração em evento de lideranças políticas cristãs, nesta sexta-feira (12).
“É uma situação muito delicada que o nosso país está vivenciando, nós estamos acompanhando de perto, eu sou de direita, eu sou cristã, e a gente vem acompanhando muito de perto”, destacou. Para a prefeita, a condenação não é o capítulo final da ação, já que ainda cabem recursos.
Então, apontou que “após essa condenação haverá recursos e dentro daquilo que a Justiça entender que é real e que é plausível, ele vai ser julgado”.
Ademais, Adriane defendeu a anistia. “Mas nós como cristã, eu como cristã, como de direita, eu defendo também a anistia daquelas pessoas que estão presas, mas que não foram julgadas ainda, mas que merecem ali uma avaliação”, finalizou.
Julgamento
O placar da Primeira Turma foi de 4 votos favoráveis e um contrário pela condenação, e o julgamento terminou na quinta-feira (11). Apenas o ministro Luis Fux divergiu do relator, ministro Alexandre de Moraes, e votou pela absolvição do ex-presidente.
Fux defendeu durante o voto, na última quarta-feira (10), que não havia provas que apontassem conhecimento de Bolsonaro sobre a tentativa de golpe. Já o delator Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, foi condenado por Fux.
Condenação
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu 27 anos e três meses de prisão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe e ainda mais três crimes.
No pedido, Moraes citou a idade de Bolsonaro para atenuar parte da pena. Ministro relator, Moraes afirmou que não irá aplicar a pena máxima dos crimes.
Além disso, o ministro afirmou que Bolsonaro ajudou a “induzir a população” a atacar o sistema eleitoral brasileiro. “Espera-se que aquele que foi eleito democraticamente para o cargo mais alto da República paute-se com mais rigor, infelizmente não foi o que aconteceu, então a culpabilidade é desfavorável”, afirmou.
Réus condenados
Ainda conforme a votação do STF, todos os integrantes do chamado ‘núcleo crucial’ foram condenados por tentativa de golpe e outros crimes. Somente o deputado federal Alexandre Ramagem foi condenado por três dos cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República.
Também na decisão pela pena de Bolsonaro, Moraes afirmou que a dosimetria deve levar em conta vários critérios. Segundo o ministro, a pena deve ser “necessária o suficiente” para reprovação e prevenção do crime.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)