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Política

‘Indignado, mas não surpreso’: Pollon vê ação da PF contra Bolsonaro como ‘símbolo’

Pollon afirmou que as buscas feitas na casa do ex-presidente representam uma escalada do que o parlamentar considera “ditadura”
Vinicios Araujo -
deputado pollon campo grande
Deputado federal Marcos Pollon (PL) (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O deputado federal pelo PL de , Marcos , considerou a ação da Polícia Federal contra o Jair Bolsonaro (PL) — suspeito de liderar organização criminosa que planejou os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro — como “mais do que uma agressão, um símbolo”.

Pollon afirmou que as buscas feitas na casa do ex-presidente e as imposições de uso de tornozeleira e restrições de acesso às redes sociais, contato com o filho Eduardo Bolsonaro — que está residindo nos Estados Unidos em articulação direta a Donald Trump nas ofensivas recentes ao governo brasileiro — representam uma escalada do que o parlamentar considera “ditadura”.

“Eu fico muito triste pela família, principalmente pelo Eduardo, porque você vê, o Trump foi muito específico no que ele colocou, e aí a ditadura escala mais um pouco. A questão é, eles podem prender qualquer pessoa a qualquer momento sem justificativa nenhuma, e aí a gente pensa, que o ato de hoje, ele mais do que uma agressão, ele é um símbolo. Porque antes de prender todo mundo, eles vão humilhar um por um”, afirmou Pollon em vídeo nas redes sociais.

O parlamentar disse ainda que, apesar de indignado, não estaria surpreso com a ação policial contra o ex-presidente, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

‘Ta feia a coisa’

No vídeo publicado no Instagram, com a legenda “Ta feia a coisa”, Marcos Pollon ainda afirmou que “a coisa está tomando um rumo que nos próximos quatro meses, ou o Brasil apruma, ou vai ser como a gente vem falando há bastante tempo: uma Venezuela”.

Ele disse estar “muito triste” pelo ex-presidente, pela família de Bolsonaro, em especial o filho Eduardo, com quem Pollon estava há poucos dias. “A barra dele lá tá bem pesada cara, bem pesada, bem pesada e agora a gente acorda com um barulho desse. E o cachaceiro dobra aposta e o Alexandre Moraes idem. Deus tenha misericórdia do Brasil”, finaliza o deputado.

Eduardo Bolsonaro tem sido apontado como o principal articulador das manifestações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs sanções tarifárias aos Brasil na semana passada, impactando significativamente a cadeia de exportação brasileira com taxas que chegam a 50%.

As movimentações do filho do ex-presidente têm servido de ‘prato cheio’ para a oposição de Bolsonaro acusar a família de usar as relações comerciais dos países e os interesses econômicos do Brasil como chantagem para que a Justiça brasileira alivie a situação enfrentada pelo ex-presidente no Supremo Tribunal Federal.

Operação mira Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, nesta sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi à superintendência da PF em Brasília com carro próprio para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições severas, incluindo:

  • Proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;
  • Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos finais de semana;
  • Proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
  • Impedimento de acesso a redes sociais;
  • Restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.

A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro em e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.

As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.

Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga.

As medidas fazem parte da PET nº 14129 em andamento no Supremo Tribunal Federal.

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