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Política

‘Menos ideologia política’: vereadores de Campo Grande fazem reunião a portas fechadas

Discussões envolvendo ideologia política estariam atrapalhando os trabalhos da Câmara da Capital
Anna Gomes, Thalya Godoy -
Câmara de Campo Grande. (Arquivo, Jornal Midiamax)

O bate-boca entre o vereador André Salineiro (PL) e um homem no plenário da de foi um dos assuntos debatidos entre os vereadores que participaram de uma reunião a portas fechadas após a sessão ordinária desta terça-feira (3).

Salineiro discutiu com um civil que acompanhava os trabalhos dos vereadores no plenário da Casa de Leis. A briga iniciou após o parlamentar ouvir que teria votado a favor do aumento do próprio salário. O vereador se levanta e começa a gritar para o civil que acompanhava a sessão no plenário.

O homem que acompanhava a sessão fez a acusação após Salineiro terminar de responder à queixa do vereador Jean Ferreira (PT) de que a bancada do PL vota contra o interesse da população.

Após a sessão acalorada, o Presidente da Câmara de , o vereador Papy (), convocou os parlamentares para participarem de uma reunião. Questionado pelo Midiamax, o tucano disse que o encontro foi para alinhar os projetos antes do recesso parlamentar.

“Foi para debater alguns assuntos internos que precisávamos alinhar. O principal deles foi a pauta das últimas sessões antes de recesso. Também falamos sobre a festa junina que tem uma participação dos colegas na divisão de tarefas. Nada demais, reunião cotidiana”, disse.

Outro vereador disse que o Presidente pediu mais paciência dos vereadores, principalmente não perder tempo com ideologias políticas e sim focar nos projetos que precisam ser analisados antes do recesso.

“Foi um bate-papo. O presidente parabenizou os vereadores pelo serviço prestado, o desempenho dos parlamentares. Também foi comentado sobre a LDO -Lei de Diretrizes Orçamentárias. O presidente também pediu para acelerarmos a votação dos projetos antes do recesso, diminuir um pouco as falas de ideologias nas sessões e conseguir apresentar mais serviço, apresentando mais projetos”, disse um dos vereadores ao Midiamax.

Discussão e bate-boca

O parlamentar petista se queixou que a bancada do PL votou contra algumas das 112 emendas apresentadas pelo PT à LDO, enquanto os vereadores do Partido dos Trabalhadores votaram a favor de todas as 32 sugestões do PL. “A bancada colocou 112 emendas na LDO porque a gente cultua o orçamento participativo […] votam contra o povo”, lamentou.

Já Salineiro respondeu que o importante é a qualidade das emendas e repudiou o discurso de rivalizar esquerda contra direita. O vereador ainda criticou o debate sobre o fim da escala 6×1, em discussão no Congresso Nacional. “Vocês querem escala 4×3 trabalhar quatro dias e folgar em três, como vai pagar o salário do pessoal?”, questionou.

Ao final da fala, o homem grita da plateia que o vereador votou a favor do aumento do próprio salário. Durante a discussão, o presidente Papy pede para eles se acalmarem.

“Nosso regimento interno não permite manifestação da plateia. Quando for manifestar, que seja com sinais, então, só para alertar que todos estão no plenário, todos são bem-vindos, mas enfim”, pediu.

O tucano ainda alertou os vereadores para fazer as exposições sem ataques pessoais. “Os nossos pensamentos, valores, crenças, ideologias, têm que estar em nossa convicção pessoal. Porém, nós não podemos usar o nosso direito de fala garantido pelo voto popular para atacar o pensamento e ideologia do outro. Podemos fazer oposição de ideias, mas quando a gente começa a falar a respeito do outro nomeando, seja o partido ou a ideologia, vai manifestando outras palavras e isso nunca vai para um caminho bom”, aconselhou os colegas.

O que diz o vereador?

O Midiamax entrou em contato com a assessoria do vereador Salineiro, que encaminhou uma nota sobre o assunto.

O vereador afirmou que o sujeito é um “pré-candidato” que quer chamar a atenção e que já teria comparecido na Câmara em outras ocasiões e provocado outros colegas. Ele apontou que o homem teria começado a gritar “do nada” na parte do fundo do plenário.

“Ele estava longe de mim, no fundo, e eu nem saí do meu espaço no plenário. Nunca votei para aumentar salário de vereador. Pelo contrário, no meu mandato anterior votei contra isso e eu não ficaria calado ao ser difamado no local onde faço um trabalho sério, conhecido por vocês”, apontou.

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