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Política

MS procura novos mercados para romper impacto da exportação de carne aos EUA, avalia Acrissul

Fortalecimento de relações com outros países, como China e Chile, também pode ajudar a escoar produção
Thalya Godoy -
Presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai (Madu Livramento, Jornal Midiamax)

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de ), Guilherme Bumlai, aponta que os impactos da suspensão de exportação de carne bovina aos Estados Unidos após o tarifaço de 50% podem ser amenizados.

A entidade do setor pecuário vê com certa preocupação a suspensão a curto prazo, especialmente pela possibilidade de ajustes nas escalas de abate dos frigoríficos habilitados para exportação aos Estados Unidos.

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Os frigoríficos de Mato Grosso do Sul decidiram interromper as exportações da proteína para os Estados Unidos após o anúncio da taxação de 50% de Donald Trump aos produtos enviados pelo Brasil. 

Sem citar provas, o presidente estadunidense justificou a medida como resposta a uma suposta censura do Brasil às mídias sociais norte-americanas. Na carta, Donald Trump ainda criticou o julgamento contra o Jair Bolsonaro (PL). 

Suspensão de embarque para os EUA

A taxação levou os frigoríficos de Mato Grosso do Sul habilitados ao mercado norte-americano a interromperem os embarques, já que os lotes chegariam após 1º de agosto, quando inicia a taxação. 

Na avaliação de Bumlai, a abertura de novos mercados, como México e Indonésia, e o fortalecimento dos embarques para a China e Chile são alternativas para reduzir os prejuízos ao setor. “Essas alternativas tendem a absorver parte da produção redirecionada”, aponta. 

O preço da arroba do boi gordo apresentou leva queda em Mato Grosso do Sul após a suspensão da exportação de carne aos Estados Unidos. Conforme a Scot Consultoria, o preço da arroba do boi gordo, à vista, registrou queda na praça de e ficou em R$ 298,50, na última terça-feira (15). Em e em Três Lagoas, os preços se mantiveram estáveis, em R$ 301,50.

Outro fator que pode amenizar os impactos seria a redução sazonal da oferta de gado para abate nos meses de agosto a setembro, o que pode equilibrar o mercado e evitar uma queda mais expressiva nos preços da arroba.

“Seguimos acompanhando de perto o cenário e defendendo a ampliação e diversificação dos destinos da carne sul-mato-grossense, como estratégia para proteger o produtor rural dessas instabilidades comerciais”, defende. 

Frigoríficos não pararam abates

Após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar taxas de 50% sobre produtos brasileiros, frigoríficos sul-mato-grossenses habilitados para exportação suspenderam a produção de carne destinada aos Estados Unidos.

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Conforme o vice-presidente do Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Alberto Sérgio Capucci, o pedido partiu dos próprios importadores americanos, que solicitaram a suspensão dos embarques devido às incertezas no comércio exterior.

“Ainda é muito incerto, por isso os compradores pediram para suspender os embarques. Qualquer mercadoria que embarcar hoje chegará após 1° de agosto. No entanto, é importante ressaltar que os frigoríficos não estão parados, nenhuma empresa parou o abate, apenas suspenderam a produção da carne exportada para os Estados Unidos. Vale considerar também que nem todos os frigoríficos são habilitados para exportar para os Estados Unidos, então, alguns nem são afetados nesse sentido”, pontua.

A decisão, portanto, implicará em algumas mudanças na rota. Segundo Capucci, cada empresa avaliará novas possibilidades e poderá redirecionar a produção para outros países.

“Cada grupo tem suas habilitações de exportação, então alguns poderão exportar para o Chile, a China e o Egito, por exemplo. Além disso, parte será direcionada ao mercado interno. Cada um vai avaliar como melhor destinar essa produção”, explica.

Com essa mudança, até que o redirecionamento seja realizado, haverá impacto no mercado, e o preço da carne vai abaixar.

“A produção leva 30 dias para chegar até os Estados Unidos depois que embarca. As regras não estão claras, os compradores não sabem se eles serão taxados quando o produto sair daqui ou chegar lá. Se eles tivessem a garantia de que a taxação ocorreria ao sair daqui, poderíamos mandar nestes dias que antecedem a taxação, mas, considerando que o produto sairá daqui e só chegará lá em agosto, eles não vão arriscar”.

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