Lideranças do PSB de Mato Grosso do Sul devem se reunir com a Nacional do partido para definir os passos para as eleições de 2026. De acordo com o vereador e presidente do diretório municipal da sigla, a viagem deve acontecer em fevereiro.
Líderes de MS estão com receio de a Nacional do partido não querer apoiar a reeleição de Eduardo Riedel ao governo do MS. O ex-tucano se filiou recentemente ao mesmo partido da senadora Tereza Cristina, o PP.
“Estamos querendo ir em setembro. Vamos apoiar o Riedel como candidato a governador. Não teremos candidatura própria ao governo. Temos que ter um grupo para crescer. A Nacional sempre nos deixou à vontade para que o partido cresça”, disse Carlão.
COLAPSO NO PSB DE MS
A falta de apoio a Riedel pode causar um ‘colapso’ dentro do PSB de Mato Grosso do Sul. Com a possível ida do governador a um partido considerado de direita, a Nacional do PSB pode não aprovar o apoio ao chefe do Estado, o que tem desagradado à diretoria da sigla em MS.
Recentemente, o presidente estadual do PSB e deputado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Paulo Duarte, disse que vai apoiar Riedel independentemente da decisão da Nacional do partido. O parlamentar, que disputa o cargo novamente na Alems, cogita até deixar o partido caso não entre em um acordo com a direção nacional da sigla.
“Eu vou apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel. Essa é uma decisão já tomada por mim, independentemente da posição do PSB ao nível nacional. Quanto ao partido pelo qual vou concorrer à minha reeleição de deputado estadual, vou aguardar os acontecimentos”, adiantou ao Jornal Midiamax.
Carlão também comentou que cogita deixar a chefia ou até pedir licença na liderança da sigla, caso a Nacional discorde em não apoiar Riedel nas eleições.
“Eu também apoio o Eduardo Riedel e acho que Mato Grosso do Sul não tem muitas opções. O Estado não pode sair dos trilhos. Ele merece quatro anos. Se o partido não apoiar o Riedel, eu vou ver o que eu faço, se eu me afasto da presidência do município ou se pego licença”, disse Carlão.
A Nacional do PSB, partido considerado de centro-esquerda, pode entrar em desacordo com as lideranças de Mato Grosso do Sul devido à decisão que Eduardo Riedel deve tomar em breve. O governador, que no momento é tucano, deve ir para o mesmo partido da senadora Tereza Cristina, o qual é de direita, entrando em desentendimento com a ideologia do PSB.
Ao Jornal Midiamax, Carlão ainda adiantou que a notícia da possível saída das lideranças já está percorrendo os corredores. Deputados federais de partidos de centro-esquerda e de esquerda estão interessados no PSB.
“Muitos deputados federais estão indo lá pedir o partido. O próprio PT quer pegar o partido. O Paulo Duarte é ótimo e tinha que permanecer para conseguirmos fazer uma chapa ótima. Se ele continuar, eu saio como deputado estadual para ajudar a legenda dele. Eu sairia como deputado federal, mas fico no estadual para ajudá-lo nas eleições”, explicou Carlão.
Nas últimas eleições municipais, o PSB já havia sinalizado apoio ao PSDB. A sigla apoiou o candidato tucano, o qual perdeu a disputa à Prefeitura de Campo Grande.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)